Edição nº 1880 - 29 de janeiro de 2025

Patrícia Bernardo
“O ANO MUDA, MAS NADA MUDA SEM A NOSSA AÇÃO…”

A mudança de ano é, para muitos, um símbolo de renovação. Trocamos o calendário, celebramos, efusivamente, e fazemos promessas que, acreditamos, transformarão as nossas vidas. Contudo, à medida que os dias passam, percebemos que nada muda, verdadeiramente, e a razão é simples: o ano pode mudar, mas a nossa vida só muda se nós mudarmos primeiro.
É tentador acreditar que o simples acto de virar a página no calendário trará consigo novas oportunidades e um recomeço automático. Simples ilusão…sendo uma visão passiva. A verdade é que o tempo é um recurso constante, mas o que fazemos com ele depende apenas de nós. Sem esforço, reflexão e compromisso, a mudança de ano torna-se apenas um número diferente na data.
O primeiro passo para promover alterações é assumir total responsabilidade pelas nossas escolhas. A vida é feita de decisões diárias, desde as mais pequenas, como o que comemos ao pequeno-almoço, até às mais significativas, como mudar de carreira ou priorizar relações importantes. Se continuarmos a repetir os mesmos hábitos e a evitar enfrentar os desafios e os conflitos que nos limitam, nada de significativo se alterará.
Assim sendo, MUDAR não é um acto instantâneo, mas sim um processo contínuo. É necessário sair da zona de conforto e enfrentar as dificuldades inerentes ao crescimento. Este processo pode ser desconfortável, mas é precisamente nele que encontramos as maiores recompensas.
Para que as mudanças sejam sustentáveis e exequíveis, devemos definir pequenos passos em vez de esperar transformações radicais de um dia para o outro. Por exemplo, se queremos ser mais organizados, podemos começar por criar uma lista de tarefas simples para o dia seguinte. Estes pequenos avanços criam hábitos sólidos que, a longo prazo, fazem toda a diferença.
Não devemos procrastinar, ou seja, adiar mudanças importantes com desculpas como “não é o momento certo” ou “começo amanhã”. Este ciclo de “deixo para amanhã o que poderia fazer hoje” impede-nos de avançar e cria uma sensação de frustração. A melhor forma de o quebrar é começar agora, mesmo que de forma imperfeita. Não é necessário esperar por uma segunda-feira, pelo próximo mês ou pelo próximo ano. A mudança acontece no presente.
Não basta querer que o mundo mude; precisamos de começar por nós próprios. Se queremos um ambiente mais positivo, devemos cultivar atitudes de empatia, comunicação eficaz e paciência. Se desejamos sucesso profissional, devemos investir no nosso desenvolvimento. Ao alterarmos a nossa forma de pensar e nosso comportamento, criamos um efeito dominó que influencia não só a nossa vida, mas também a daqueles que nos rodeiam.
O novo ano de 2025 traz consigo uma oportunidade de recomeço, mas não a solução para os nossos problemas. Somos nós que decidimos se queremos continuar na inércia ou agarrar o novo ano como uma oportunidade para fazer diferente. Afinal, o tempo é apenas o palco e somos nós os actores principais desta peça.
E, para que algo mude, temos de ser os primeiros a mudar!!!
Psicóloga Clínica e da Saúde

29/01/2025
 

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