Edição nº 1888 - 26 de março de 2025

COMEMORAÇÕES DOS 254 ANOS DA ELEVAÇÃO DE CASTELO BRANCO A CIDADE
Todos querem cidade desenvolvida

Castelo Branco comemorou, na passada quinta-feira, 20 de março, os 254 anos da elevação à categoria de cidade. Um aniversário que foi assinalado com um extenso programa, no qual se destacou a Assembleia Municipal, que teve como momentos altos a entrega da Medalha de Ouro da Cidade a Valter Lemos, a Adelaide Salvado, a Adelina Martins, à Catedral de Manchester, ao jornal Reconquista, à Schreiber Foods, a Jorge Batista e ao filósofo Albicastrense Francisco Vieira de Almeida, este último a título póstumo, sendo de recordar que foi mandatário de Humberto Delgado nas eleições Presidenciais de 1958, tendo sido já homenageado por Mário Soares e Marcelo Rebelo de Sousa, bem como a assinatura os acordos de cooperação/geminação com as cidades de Nilüfer, da Turquia; João Pessoa, do Brasil; e Prefeitura de Conde, também do Brasil.
Na abertura da sessão, o presidente da Assembleia Municipal, Jorge Neves, chamou a atenção para a importância de “recordar o passado, olhar o presente e perspetivar o futuro”, para mais à frente realçar que “a verdadeira essência de uma comunidade está nos seus membros”.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, centrou a sua intervenção na Zona Histórica da cidade, identificando-a como “foco de uma nova centralidade que está a ser construída”.
Com esse pano de fundo o autarca não perdeu a oportunidade de apontar para projetos que já estão em desenvolvimento, dando como exemplos a Escola de Chefs; o Centro de Interpretação Mestre Templário Pedro Álvares Alvito, na Igreja de Santa Maria do Castelo, que está a ser requalificada; a requalificação da antiga Escola Conde Ferreira, que avançará; a nova sede da Associação Académica de Castelo Branco, entre outros, não esquecendo também o investimento privado, ao referir-se à instalação das empresas TRH e Noesis, no antigo edifício dos CTT, no Largo da Sé.
Leopoldo Rodrigues que, depois, num âmbito mais alargado falou de alguns projetos que pretende ver concretizados. Assim, em relação ao Aeródromo Municipal, referiu que “junto a ele vai nascer uma nova zona industrial”, no âmbito do cluster aeronáutico.
Isto, para se seguida abordar outros projetos, como a requalificação do vale junto à Rotunda da Europa, ou a construção do Centro de Dinamização Empresarial, Cultural e Desportivo.
Da parte dos partidos com representação na Assembleia Municipal, Ernesto Candeias Martins, do Movimento Partido da Terra (MPT), deu ênfase à importância de “traçar e construir as bases de um novo futuro para a cidade”, com a finalidade de “fazer este território atrativo”.
João Ribeiro, do Chega, começou por questionar “como atraímos mais pessoas, mais turistas para Castelo Branco, se não conseguimos dar resposta aos turistas que querem vir” e não deixou de chamar a atenção para “os bares fechados no centro da cidade”, denunciando a “desertificação” desta zona. Também não deixou de assegurar que “há menos segurança na cidade”, para sublinhar que “há que olhar para o futuro e ver que cidade queremos ser”.
Pela bancada da coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), João Ramos, que é presidente da Junta de Freguesia de Monforte da Beira, fez um balanço da obra ali realizada, elogiando o papel da Câmara presidida por Leopoldo Rodrigues, mas sem perder a oportunidade de vincar que no respeitante à Escola Básica “falhamos os dois”, porque não está a funcionar.
António Fernandes, do SEMPRE – Movimento Independente, no início da sua intervenção começou por afirmar que “este é um dia de celebrar as vitórias, as conquistas, mas, sobretudo, dia de celebrar o futuro”, para defender que “precisamos de líderes que não apenas falem de excelência, mas que efetivamente a pratiquem diariamente”. Tudo, porque, “só com excelência não assistiremos a tantas opções questionáveis que têm colocado em risco o futuro de Castelo Branco”. Por isso defende que “uma estratégia clara e bem definida para o Concelho é fundamental” e revelou que “mantenho a ideia que a estratégia tem estado escondida. O Concelho não tem aproveitado as oportunidades para o seu desenvolvimento”. António Fernandes que rematou que “em vez de ser uma cidade adiada, podemos ser uma cidade do futuro”.
Pela bancada do Partido Socialista (PS), José Dias Pires, que é presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, referiu-se a “três pilares importantes”, que são “a consciência, o respeito e o serviço”, para enaltecer “28 anos de desenvolvimento da cidade”, numa referência à governação socialista. José Dias Pires falou ainda “num novo impulso em Castelo Branco”, valorizando a necessidade de “políticos cumpridores”, que garantam “as condições para um adequado desenvolvimento”, numa perspetiva de “servir a comunidade e nunca servindo-se dela”.
António Tavares

26/03/2025
 

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