DESDE 25 DE SETEMBRO
Comendador Joaquim Morão empresta nome ao Aeródromo
Aeródromo Municipal de Castelo Branco Comendador Joaquim Morão. É esta a nova identidade desta infraestrutura Albicastrense, desde a passada quinta-feira, 25 de setembro.
O diretor do Aeródromo, Amândio Nunes, fez questão de salientar que “não estamos apenas a visitar e a inaugurar novas infraestruturas. Estamos a prestar o reconhecimento a um homem que, pela sua visão e determinação, mudou para sempre o futuro de Castelo Branco. Estou, logicamente, a falar de Joaquim Morão. Foi ele quem acreditou que o nosso concelho podia ter um aeródromo capaz de gerar desenvolvimento, atrair investimento e criar novas oportunidades. O Aeródromo existe hoje, porque houve alguém com a coragem de sonhar e, sobretudo, de transformar esse sonho em realidade”.
Amândio Nunes destacou que “hoje visitámos as novas placas de estacionamento de aeronaves que aumentaram a capacidade do nosso aeródromo de 7.500 metros quadrados para 18.500 metros quadrados. Estou-te a falar de mais do dobro da sua capacidade”.
O diretor do Aeródromo aproveitou também para apresentar “uma palavra de profundo agradecimento ao cluster aeronáutico de Castelo Branco, às empresas, às instituições de ensino, a todos os que juntos estão a transformar esta infraestrutura num verdadeiro pólo em inovação, tecnologia e conhecimento”, sublinhando que “o Centro de Formação Técnica de Exploração Aeronáutica, criado recentemente através da união de sinergias, nomeadamente a Câmara de Castelo Branco, a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), a Cenfortec, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, é também um marco notável no desenvolvimento da indústria aeronáutica em Castelo Branco, pois vai garantir que aqui, neste Concelho, se formem os profissionais altamente qualificados que este setor exige”.
Por outro lado, revelou que em relação à iluminação do Aeródromo, “a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) felizmente aprovou e podemos avançar”.
E nesta linha de melhorias, Amândio Nunes, aproveitou ainda para alertar para a importância da “criação de acessos e arruamentos às zonas de estacionamento e às zonas traseiras dos nossos hangares, porque de facto é uma necessidade”.
Na mesma linha, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, garantiu que “deve-se a Joaquim Morão esta infraestrutura, que é hoje um marco importante no nosso desenvolvimento, que será de certeza absoluta um potencial de desenvolvimento de Castelo Branco, e que, indubitavelmente, é hoje uma infraestrutura que tem condições para transformar este território”.
Leopoldo Rodrigues acrescentou que “associar o nome Joaquim Morão a uma infraestrutura com estas possibilidades era para nós fundamental. É uma questão de justiça e é, também, uma questão de projetarmos a maior estrutura com o nome do homem que teve uma ação mais relevante no final do século XX e no princípio do século XXI no Concelho de Castelo Branco”, concluindo que “temos muito que agradecer a Joaquim Morão. Já conhecemos a sua obra, já conhecemos a forma como ele a desenvolveu e temos que reconhecer que o Aeródromo Municipal foi de facto uma infraestrutura que nos abriu horizontes e que nos projeta no futuro”.
Joaquim Morão, por seu lado, frisou que foram “50 anos a servir a causa pública. 16 anos à frente da Câmara de Castelo Branco. E tive enorme gosto e enorme prazer em servir Castelo Branco. Foi o prazer maior da minha vida, foi servir os Albicastrenses, servir Castelo Branco”.
Isto, para adiantar que “conseguimos transformar Castelo Branco com equipamentos e realizações ímpares, que estão aí à vista de todos” e especificar que “o Aeródromo é uma obra estruturante”, recordando que “falávamos há muitos anos da construção do Aeródromo. A sua construção era um desejo dos Albicastrenses há muitos anos. Nós conseguimos reunir os meios financeiros necessários para construir esta infraestrutura. Gastamos aqui milhões de euros”.
Para Joaquim Morão o Aeródromo é “uma infraestrutura de longo alcance que poderá servir Castelo Branco e a região” e sublinhou que “não ficamos só por aqui, porque à volta do Aeródromo compramos centenas de hectares para servir o desenvolvimento do Aeródromo”.
Mais à frente Joaquim Morão assegurou que “a Zona Industrial de Castelo Branco é exemplar. É uma zona industrial com 350 hectares. Reparem, não há na região nenhuma zona industrial como a de Castelo Branco. Tem 350 hectares, está devidamente infraestruturada, devidamente licenciada, devidamente capaz para acolher qualquer investimento. E isto é uma coisa que ninguém tem. E, portanto, Castelo Banco está bem, recomenda-se”.
Joaquim Morão que afirmou ainda que “eu sou dos que acreditam que Castelo Branco tem um futuro enorme. Somos servidos de autoestrada para todo o lado. Vamos para qualquer parte do País de autoestrada. Temos terrenos ainda disponíveis, temos gente capaz e temos uma câmara que põe ao dispor dos empresários todas as condições”, não esquecendo que “somos o concelho mais populoso da região. Digam o que disserem. Tentam desprestigiar Castelo Branco, mas Castelo Branco é o concelho mais populoso da região. Portanto, continuamos a ter população ativa, criativa, para desenvolver Castelo Branco”.
Recorde-se que a atribuição de Joaquim Morão ao Aeródromo ganhou forma na sessão da Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada a 30 de setembro do ano passado, com uma recomendação apresentada à Câmara nesse sentido, que teve como primeira subscritora Cristina Granada, do Partido Socialista (PS) e foi aprovada por maioria, com dois votos contra do Chega.
António Tavares