ENTRE SEXTA-FEIRA E DOMINGO, DE 3 A 5 DE OUTUBRO
Miguel Azevedo e Badoxa animam Feira do Feijão-Frade da Lardosa
A Feira do Feijão-Frade está de regresso à Lardosa, entre a próxima sexta-feira e domingo, 3 a 5 de outubro, com o feijão-frade, também conhecido por feijão-pequeno, e que a imagem e marca da Lardosa. A leguminosa está ligada à história da Freguesia, como o prova o facto de no seu brasão apresentar precisamente o feijão-frade, a par do loureiro que está na origem do seu nome. A produção de feijão-frade é uma tradição da Freguesia, quer pela quantidade, quer pela qualidade e, por isso mesmo, para quem chega à Lardosa, logo à entrada da localidade se depara com a Rotunda do Feijão-Frade, onde este está em destaque.
Apesar da variedade cara verde ser a mais conhecida e produzida, a produção, não se limita a esta, uma vez que há a juntar o feijão-frade cara preta e o feijão-frade bago de arroz, com a produção anual a ser na ordem dos milhares de litros.
De referir, também, que o feijão-frade é um alimento saudável e é essencialmente uma boa fonte proteica, repleto de proteínas de elevada qualidade, também reconhecido pelo grande teor em fibras solúveis, bem como por apresentar uma boa quantidade de ácido fólico. Mais que rico em vitaminas, o feijão-frade é rico em minerais, como o potássio, o fósforo, o ferro, o magnésio e o zinco.
Na vertente da culinária, o feijão-frade é simples de confecionar, pois apenas é suficiente cozinhá-lo em água, podendo ser servido como um acompanhamento, ou adicionado a sopas, saladas ou ensopados. Isto sem esquecer a vertente da doçaria, com os pastéis de feijão-frade.
Antigamente, o feijão-frade era colocado em cima de umas chicórias migadas e era assim que era comido, sendo que quando não havia verdura era colocado em cima de uma fatia de pão e regado com azeite, com cebola picada, e era consumido sem qualquer acompanhamento. Tradicionalmente, o feijão-frade cozido também era comido com sardinha assada e, mais tarde, com a melhoria de vida, com bacalhau assado ou com atum em conserva. E no que respeita ao feijão-frade nada era desperdiçado, pois, quando sobrava era refogado com enchido. O menu, no entanto, não fica por aqui, uma vez que há também a tradicional sopa, que é a Sopa das Bichas. Com a vagem do feijão, que este dá mais tarde, depois de ser apanhado, ou seja, com as vagens depois da primeira camada, faz-se a Sopa das Bichas. O feijão-frade é também utilizado na doçaria, mais concretamente nos pastéis de feijão-frade.
O programa da Feira começa na próxima sexta-feira, 3 de outubro, às 18 horas, com a animação pelo Grupo de Bombos Os Loureiros da Lardosa.
A abertura do certame está marcada para as 18h30 e a partir das 21 horas a animação é assegurada pelo Grupo de Concertinas de Alpedrinha.
Às 22h30 é a vez do concerto com Miguel Azevedo e a partir da meia noite a animação continua com a Marchinha do Botequim.
Sábado, 4 de outubro, às 8h30 começa o Passeio de Bicicletas Antigas Rota do Feijão.
A animação itinerante começa às 14h30, com o Grupo de Bombos Os Vicentinos, continuando às 16h30, com o Grupo de Concertinas Os Amigos de Castelo Branco, às 19h30, com o Grupo de Cantares Os Loureiros da Lardosa, e às 21 horas, com Manta D’Ourelos. Às 22h30 realiza-se o concerto com Badoxa e à meia noite a animação continua com BFC Street Band.
Domingo, 5 de outubro, as atividades também começam às 8h30, com o Passeio Pedestre Rota do Feijão e às 13h30 há animação itinerante, com Frederico Alves & Amigos do Fole. A partir das 15h30 realiza-se o XVII Festival de Folclore Os Loureiros da Lardosa, que conta com a participação do Rancho Folclórico Os Loureiros da Lardosa, Castelo Branco, Beira Baixa; Grupo de Danças e Cantares do Centro Social do Soutelo Rio Tinto, Gondomar, Douro Litoral Norte; Rancho Folclórico e Etnográfico Flores da primavera do Guisado, Caldas da Rainha, Alta Estrematura; e Rancho Folclórico Os Camponeses do Ferro, Covilhã, Cova da Beira. A partir das 17h30 a animação é assegurada pelo Acordeonista Diogo & Marco.