A TRMK Aeronautics inaugurou, na passada quinta-feira, 25 de setembro, um novo hangar, no agora denominado Aeródromo Municipal de Castelo Branco Comendador Joaquim Morão (ler notícia).
Em dia de inauguração, o diretor executivo da TRMK, Hugo Ribeiro, afirmou que este é “um marco significativo para a nossa empresa e para Castelo Branco. Este momento representa não só a conclusão de um projeto ambicioso, mas também o início de uma nova fase para a parceria da TRMK com a Dassault Aviation Business Services, que com esta operação agora fica ainda mais consolidada neste aeródromo”, sublinhado que “o hangar que hoje aqui inauguramos é uma infraestrutura com aproximadamente 1.400 metros quadrados”, que implicou um investimento de um milhão 340 mil euros.
Hugo Ribeiro recordou que “desde novembro de 2023 que nós, TRMK, e a Dassault Aviation, estamos instalados neste aeródromo com uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões”, para avançar que “estamos a crescer e estamos a inovar e estamos também a investir”, uma vez que, garantiu, “o nosso investimento não ficará de todo por aqui neste aeródromo”.
Nesta matéria, à margem da inauguração, Hugo Ribeiro revelou que “existe um projeto muito ambicioso para Castelo Branco” e a adiantou que “já temos dois armazéns na Zona Industrial e mais um terreno ao lado deste hangar, que está desenhado para se poder expandir a área bruta para o dobro”.
Hugo Ribeiro revelou igualmente que “já nos posicionamos junto da Câmara para adquirir dois lotes de terreno contíguos a este e outro fora do Aeródromo, para a construção de um pólo industrial e empresarial da Dassault Aviation”, sendo que o investimento fora do Aeródromo implicará um investimento de cerca de quatro milhões de euros e a construção do novo hangar mais 1,4 milhões de euros.
O diretor executivo da TRMK agradeceu ao presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, “pelo apoio condicional que nos deu e pela visão estratégica que teve desde o primeiro dia em acreditar neste projeto”, bem como ao Aeroclube de Castelo Branco, “pelo facto de há dois anos ter também dito sim, quando nós desafiámos o município e o Aeroclube de podermos cooperar com estas instalações e isso, de facto, permitiu-nos coabitar em harmonia”. Tudo para destacar que “este é, sem dúvida, um exemplo de como a cooperação é importante para levar a grandes conquistas e se todos, ao nível complexo de cooperarmos, este é o sinal evidente de que podemos chegar mais longe”.
Hugo Ribeiro afirmou também que “esta unidade vem trazer não só mais emprego ou mais desenvolvimento económico, mas também aporta a formação, a formação de novos técnicos de manutenção”.
Em dia de inauguração, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, recordou o processo da vinda da empresa para o Aeródromo, afirmando que, “na altura, avaliámos a possibilidade da presença ser o mais rápida possível e tivemos efetivamente a disponibilidade do Aeródromo Municipal de Castelo Branco, com a disponibilização do hangar que já estava construído, para acolher o início da operação”.
O autarca acrescentou que “a nossa opção, e penso que é a opção correta, passou pela disponibilidade de terreno para que as empresas criem dinâmicas e assumam também os seus compromissos. Foi fácil negociar esta cedência deste terreno e que hoje aqui representa também uma nova etapa daquilo que é o crescimento e o futuro do Aeródromo, que é o facto de nós estarmos a inaugurar uma estrutura que não foi construída pela Câmara, foi construída pela iniciativa privada”, realçando que “o facto da iniciativa privada ver neste Aeródromo potencialidades para crescer e para instalar as suas operações reflete o futuro que está associado a este aeródromo”.
Leopoldo Rodrigues, focado nos 150 hectares de terreno, propriedade da autarquia, junto ao Aeródromo, afirmou que “são 150 hectares nos quais estamos a trabalhar no sentido de aqui fazer uma nova área de localização empresarial”.
Noutra vertente, o autarca afirmou que outro “passo importante naquilo que nós também entendemos ligar à Dassault e à sua presença, é a formação de técnicos de manutenção aeronáutica. Esse projeto já está em curso, já estamos a divulgar a oferta formativa que daqui pode resultar e é uma oferta formativa que engloba o Instituto Emprego e Formação Profissional (IPEF), a Cenfortec, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), a Universidade da Beira Interior (UBI) e também a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB). E podemos e devemos, e é isso que está projetado, ter aqui resposta em diferentes níveis de ensino, desde a formação profissional de menor duração até aos cursos profissionais e aos cursos do Ensino Superior”.
Leopoldo Rodrigues acrescentou também que “além dos terrenos que temos disponíveis e que pretendemos infraestruturar, no sentido de aumentarmos a nossa capacidade de aderir empresas, temos a proximidade da linha do caminho de ferro, que dista do Aeródromo cerca de dois quilómetros”, Assim, continuou, “temos a possibilidade, temos a ambição e temos a possibilidade de criar aqui um terminal ferroviário e temos bastante próximo, também deste espaço, a possibilidade de nos aproximarmos ainda mais de Espanha com a construção do IC-31, que eu quero acreditar que venha a ocorrer. Ou seja, este espaço da Feiteira, aqui onde está englobado o Aeródromo, assume em todas as suas valências um verdadeiro fator de desenvolvimento e um verdadeiro espaço de oportunidades”.
António Tavares

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