PARQUE URBANO LOCALIZADO JUNTO À ROTUNDA DA EUROPA
Quinta do Jardim tem projeto vencedor
O projeto da empresa Baldios + Embaixada foi o vencedor do concurso público de conceção para a elaboração do Projeto de Arquitetura e Especialidades do Parque Urbano Quinta do Jardim, em Castelo Branco, que contempla um Centro Ciência Viva e uma Academia de Ginástica.
A entrega dos prémios aos projetos vencedores realizou-se dia 6 de outubro, no Auditório da Fábrica da Criatividade.
O procedimento para o Parque Urbano Quinta do Jardim, localizado a Nordeste da cidade, junto da Rotunda Europa, entre a Urbanização da Quinta Pires Marques e a Urbanização da Quinta da Parrela/Quinta do Bosque, foi elaborado pela Câmara de Castelo Branco, em colaboração com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitetos, tendo recebido 16 propostas.
Na sequência da análise formal dos elementos apresentados, o júri admitiu 10 trabalhos. Após análise e avaliação, o júri procedeu à ordenação das propostas admitidas a concurso. Assim, em primeiro lugar ficou a Nunes Toral Arquitetos, que, no entanto, acabou por ser desclassificada. No segundo lugar ficou a Baldios + Embaixada, que recebeu 15 mil euros, seguindo-se-lhe a Niel-Arquitetura, Lda, que recebeu oito mil euros; a Ambrósio e Leitão Arquitetos, Lda., que recebeu quatro mil euros; e a Progitape - Projetos de Arquitetura, Planeamento e Engenharia, Lda, que recebeu dois mil euros.
Apesar de o projeto da empresa Nunes Toral Arquitetos ter ficado em primeiro lugar, este acabou por ser desclassificado, uma vez que não apresentou uma equipa de projeto multidisciplinar, de acordo com o referido nos Termos de Referência. Assim, o projeto vencedor foi o segundo classificado, Baldios + Embaixada.
Segundo a equipa vencedora, o seu projeto tem “uma dupla ambição. Por um lado, a de consolidar a estrutura ecológica à escala municipal, promovendo a ocorrência a Nordeste da cidade de um novo espaço verde público; por outro lado, pela vontade de garantir a existência de um parque na proximidade das urbanizações existentes e em expansão previstas. Por fim e cruzando as duas, pretende-se que este surja com uma vocação diferenciadora onde as questões da saúde pública, desporto de natureza e a questão alimentar sejam vetores estruturantes”.
Além dos edifícios do Centro Ciência Viva e da Academia de Ginástica, a proposta apresenta diversos lugares, nomeadamente, um anfiteatro exterior; miradouros; campo de petanca/malha; parque infantil; clareira central com lago; parque de merendas; edifício de apoio; campo de jogos; percursos pedonais; estações de ginástica de manutenção; ciclovia; zona de biodiversidade; hortas e pomares; alamedas de plátanos; parque canino; parque de estacionamento.
A ideia da Baldios + Embaixada compreende o parque, a arquitetura e os percursos como um sistema coeso, sendo adiantado que “a construção desenha transições, convida à permanência e reforça os vínculos entre lugar, memória e comunidade. Os novos equipamentos não se impõem como referências formais, mas como infraestruturas de pertença, conhecimento e encontro”.
A área de intervenção, com cerca de 17 hectares, e os novos equipamentos pretendem representar uma resposta que articula saúde, bem-estar e sociedade, promovendo a revitalização urbana, ambiental e social de uma área atualmente abandonada.
É intenção da Câmara celebrar um contrato de prestação de serviços, na sequência de possível ajuste direto. Para o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, os objetivos são “encontrar ideias que sirvam a cidade, transformar e valorizar aquele espaço e promover o território”.
Leopoldo Rodrigues adiantou que “a intervenção será feita de forma faseada, devido à grande dimensão do terreno, que não se esgota na sua capacidade e oferece inúmeras possibilidades de serviços e utilidades”.
O Centro Ciência Viva será direcionado para o conceito One Health, em linha com a Academia de Ginástica na promoção de um estilo de vida saudável, aliando a saúde e o desporto.
Igor Costa, vogal do Conselho Diretivo Regional da Ordem dos Arquitetos, felicitou a Câmara pela realização deste “modelo de concurso que não é habitual e que valoriza os trabalhos e as competências dos profissionais”, confessando que foi “um programa exigente, não apenas para os concorrentes, mas também para quem avaliou os trabalhos”.
Igor Costa explicou que “as propostas recebidas foram criativas, bem trabalhadas e fundamentadas”, por isso, “o processo de avaliação foi difícil, tentando obter-se o melhor enquadramento possível dos três elementos solicitados, que são o Parque Urbano, o Centro Ciência Viva e a Academia de Ginástica”.