COM A FIGURA DE AMATO LUSITANO COMO PRINCIPAL OBJETO DE ESTUDO
Jornadas de Medicina continuam e recomendam-se
A Biblioteca Municipal António Salvado, de Castelo Branco, acolheram, na passada sexta-feira e sábado, 7 e 8 de novembro, as XXXVII Jornadas de Estudo Medicina na Beira Interior – da Pré-História ao Século XXI
De destacar que as Jornadas se realizam há 37 anos, tratando-se de uma reunião científica pioneira e de referência nacional no âmbito dos estudos históricos médicos. Com uma continuidade temporal ímpar, divulgando anualmente os resultados, o projeto tem na vida e obra da do médico judeu Albicastrense Amato Lusitano a sua principal razão de estudo, associada à análise de aspetos da realidade cultural com raízes na Beira Interior numa perspetiva interdisciplinar no quadro das Ciências Humanas.
Organizadas desde 1988 pelo antigo diretor do Museu Tavares Proença Júnior, António Salvado, já falecido, e pelo médico António Lourenço Marques, as Jornadas têm confirmando Castelo Branco como a capital da história da medicina portuguesa.
A edição deste ano foi subordinada ao tema Museus & Medicina – Tempos e Memórias e Amato Lusitano – A Arte sem Fim.
Ainda antes da sessão de abertura foi apresentado o documentário Amato Lusitano – Ciência e Humanismo, produzido pela Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco e também foi inaugurada a exposição fotográfica A Dor - Imagens da Palavra, da ESART, inspirada no poema de António Salvado publicado em 2002, aquando do 10.º aniversário da Unidade de Dor e Medicina Paliativa do Hospital do Fundão.
Como habitualmente no início da sessão foi entregue a Revista Cadernos de Cultura Medicina na Beira Interior – da Pré-História ao Século XXI, neste caso o número 39, com a capa a ser ilustrada por Carlos Matos.
Na abertura da sessão, Lourenço Marques realçou que “as Jornadas têm decorrido com rigor e entusiasmo”, para acrescentar que o “projeto tem sido continuado e tem sido visionários desde o seu início”, aproveitando para destacar “o papel relevante de António Salvado”.
Os trabalhos continuaram com a conferência inaugural, subordinada ao tema Horas de Arte e Cruzamentos nos Museus da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com José Paulo Andrade.
António Tavares