António Tavares
Editorial
A depressão Cláudia varreu Portugal e deixou um rastro de destruição, que provocou a perda de vidas de humanas. Ao longo de vários dias a chuva e o vento mostraram o poder na Natureza e, mais uma vez, foi possível constatar que as alterações climáticas são uma realidade inegável.
Mas, mais que isso, a depressão Cláudia demonstrou também que o País não está preparado para enfrentar situações como esta. O principal problema, como acontece com os incêndios florestais, está na prevenção, porque no socorro é de elogiar a respostas da Proteção Civil e dos bombeiros. Ou seja, há que prevenir, para depois não se ter que correr atrás do prejuízo, porque embora este seja inevitável frente à força da Natureza, pode ser minimizado. Prevenir é, assim, a ideia de ordem, olhando, por exemplo, para o ordenamento do território, mas igualmente para muitos outros fatores que os especialistas conhecem tão bem.
E ainda com foco na prevenção está de parabéns a Câmara de Castelo Branco, que acaba de vencer o Prémio de Reconhecimento de Boas Práticas Locais em Matéria de Promoção da Resiliência, promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com o projeto Sistema de Prevenção de Inundações, desenvolvido pelos Serviços Municipalizados de Castelo Branco, em articulação com o Serviço Municipal de Proteção Civil.