Candidato do ps quer isenção de portagens na A23 e IC31 construído
Luís Correia apresenta programa com cinco eixos de intervenção
O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas do próximo dia 29, Luís Correia, afirma que “há projetos estratégicos e medidas de apoio ao desenvolvimento regional que não podem continuar a ser ignorados pela Estado Português”.
Com base nesse pressuposto, em matéria de infraestruturas rodoviárias, defende “a alteração do modelo de financiamento da A23, com isenção de portagens para as empresas e pessoas residentes no Interior”, assim como a construção do IC31, que considera uma “rodovia fundamental de ligação da Região a Espanha e à Europa”.
Estas são, no entanto, apenas duas das reivindicações de Luís Correia reveladas sexta-feira, numa conferência de Imprensa em que o candidato apresentou o programa eleitoral da lista que lidera.
Da lista do candidato socialista constam outras obras anunciadas a nível central, mas que não avançaram, como a construção da Barragem do Alvito, ao que se junta a requalificação das escolas secundárias Nuno Álvares e Amato Lusitano, bem como a construção do novo Estabelecimento Prisional de Castelo Branco.
Já no setor económico defende a “retribuição de medidas fiscais de apoio/incentivo às empresas localizadas no Interior” e retornando às acessibilidades destaca a “melhoria do serviço prestado pela CP na Linha da Beira Baixa e a conclusão das obras de eletrificação até à Guarda”.
Estratégia assente em
cinco eixos de intervenção
Luís Correia afirma que o programa de ação apresentado é “perspetivado para os próximos 12 anos e está essencialmente focado na dimensão social da atividade da autarquia”, porque “as pessoas, a economia e o território são os elementos fundamentais da estratégia de desenvolvimento que pretendemos continuar a executar no Concelho de Castelo Branco”.
Para isso a candidatura tem definidos aqueles que considera os “cinco grandes eixos de intervenção”, que são: Castelo Branco, território sustentável, com qualidade de vida e coesão social; Castelo Branco, vitalidade económica, empregabilidade e empreendedorismo; Castelo Branco, elo de redes de conhecimento, qualificação e formação; Castelo Branco, destino turístico de excelência; e Castelo Branco, concelho das artes e da cultura.
No que respeita ao primeiro eixo, apresenta, entre outras prioridades, o reforço da coesão territorial do território e a promoção da atratividade de Castelo Branco, “beneficiando das acessibilidades, da qualificação e da valorização ambiental e da disponibilidade dos serviços adequados”.
Assim, são apresentadas propostas como o apoio ao desenvolvimento e implementação de políticas ativas de atração e fixação de novos habitantes, especialmente para o território rural, assim como o desenvolvimento e adoção de medidas de política municipais que incentivem a natalidade, às quais se juntam, outras como a atualização do documento estratégico Castelo Branco 2020 e a conclusão dos processos de revisão do Plano de Urbanização de Castelo Branco e do Plano Diretor Municipal.
Já no segundo eixo as atenções centram-se, entre outros, na consolidação da atratividade e da competitividade económica do Concelho, no apoio à criação de emprego e estimulação do empreendedorismo e no reforço das iniciativas de captação ativa de investimentos e de fixação de novas empresas. Tudo isto sem esquecer a valorização dos produtos regionais de excelência e a revitalização económica e social das freguesias rurais.
Ainda nesta área realça que “o território rural do nosso concelho mantém um elevado potencial em algumas fileiras que importa valorizar, designadamente: no azeite; no leite; no vinho e nas carnes, frescas e transformadas”, até porque “as unidades industriais de base local do setor agroalimentar têm uma importância indiscutível na criação de emprego e na manutenção dos sistemas agroflorestais”.
Noutra área e eixo, Luís Correia valoriza “a qualificação dos recursos humanos, como um desígnio essencial para o desenvolvimento do Concelho”, de onde resulta a importância, por exemplo, de “apoiar as escolas, na promoção do ensino qualificado da escola inclusiva e da empregabilidade jovem, a par de outro caminho que conduz ao “robustecimento da visibilidade de Castelo Branco enquanto território produtor e difusor de conhecimento”, sem esquecer o aprofundamento da parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).
Castelo Branco destino
turístico de excelência
Luís Correia, no quarto eixo, assegura que Castelo Branco “dispõe de todas as condições para iniciar uma especialização no setor turístico”, valorizando deste modo todas as potencialidades que tem.
Assim, é defendida a “definição de estratégias de produto, promoção e comercialização global do destino Castelo Branco, promovendo a diversificação nacional e internacional dos mercados emissores”. Entre outros pontos, há a destacar a potenciação da estada média dos turistas, “apostando na integração vertical e horizontal das atividades e a complementaridade entre a oferta urbana e rural”.
Grande atenção é também dada ao eixo das artes e cultura, destacando-se o Bordado de Castelo Branco, com a criação de um museu interpretativo e a preparação da sua candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
É igualmente enumerada a criação de um museu virtual do território e a instalação da Casa do Brinquedo e do Jogo, no antigo edifício da GNR, sendo também valorizada a integração de Castelo Branco no circuito nacional e internacional das artes performativas, da literatura e das artes plásticas e a promoção de um festival de arte contemporânea.
Isto, enquanto noutra vertente está definida a criação do Centro de Interpretação da Ordem dos Templários e o reforço da integração da Zona Histórica de Castelo Branco na Rede de Judiarias de Portugal.
António Tavares