Bloquistas lançam campanha de denúncia de obras inacabadas
BE preocupado com a “obra esquecida... da obra feita”
A candidatura autárquica do BE lançou a campanha Obra esquecida...da Obra feita. O objetivo passa por denunciar junto dos munícipes um conjunto de situações que envolvem obras feitas mas inacabadas.
“O não cumprimento por parte do executivo socialista de Castelo Branco, conhecido pela obra feita, leva-nos a concluir que estamos na presença de uma peça inacabada, abandonada, incompreendida pelos munícipes, ou seja, mais uma obra esquecida!”.
Foi deste modo que a candidatura autárquica do Bloco de Esquerda (BE), lançou sexta-feira, aquilo a que apelidou de A obra esquecida...da obra feita, uma iniciativa a que os bloquistas prometem dar continuidade nos próximos tempos, denunciando aquilo que no seu entender são obras que ficaram esquecidas ou inacabadas na cidade de Castelo Branco.
Esta primeira iniciativa decorreu em pleno centro cívico, junto à peça de arte pública da autoria de Didier Faustino, vencedor do prémio Tabaqueira 2001, concurso que permitiu a instalação de uma peça de arte pública em pleno centro cívico da cidade albicastrense denominada Stairway to Heaven (Escada para o céu).
Ora, segundo Luís Barroso, candidato do BE à Assembleia Municipal de Castelo Branco, aproveitando aquilo que tem sido “o frenesim das inaugurações pré-eleitorais concretizadas nestes últimos tempos pelo executivo socialista do município”, os bloquistas foram junto à obra de arte pública, de referência mundial, recordar que em outubro de 2012, “neste espaço onde nos encontramos e na presença do autor da peça de arte e dos responsáveis da Tabaqueira, o presidente Joaquim Morão prometeu que esta estrutura de arte pública e a sua zona envolvente, seria terminada e aberta ao público até ao final do ano de 2012. Estamos em finais de agosto de 2013 e a obra continua exatamente no mesmo estado em que foi implantada”, refere.
Luís Barroso, ironizando, diz que “se fosse uma peça móvel, admitimos que teria destino idêntico ao Voo da Cegonha, criada para a Expo’98, por José Manuel Castanheira e oferecida à cidade de Castelo Branco” que segundo o responsável do BE se encontra em completo estado de degradação nos estaleiros da autarquia.
Outras preocupações
Mas, os bloquistas apresentaram ainda um conjunto de preocupações da candidatura Castelo Branco é Gente, o slogan adotado pelo BE.
Pedro Coelho, cabeça de lista à Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, deixou ainda um conjunto de preocupações em relação ao Centro de Arte Contemporânea, parque de estacionamento da Devesa, recentemente adquirido pela autarquia, Cybercentro e antigo edifício do Governo Civil de Castelo Branco, também ele adquirido pela Câmara.
Pedro Coelho questiona-se por que razão se deixou de falar na pista de gelo que está projetada para o Centro de Arte Contemporânea e pergunta ainda quando será inaugurado aquele espaço?
No que diz respeito ao parque de estacionamento subterrâneo da Devesa, levanta também algumas questões, nomeadamente, para quando o cumprimento da promessa da redução do tarifário do estacionamento.
Aliás, o bloquista deixa mesmo como sugestão, no sentido de ajudar a dinamizar o comércio local, que haja um bónus de gratuitidade em tempo de estacionamento na relação com valores gastos no comércio local.
Quanto ao Cybercentro, os bloquistas questionam-se sobre a atual e futura função do edifício e em relação ao Palácio dos Viscondes de Portalegre (antigo Governo Civil), perguntam também qual será o destino funcional do edifício.
Sobre este último, Pedro Coelho deixa outra sugestão no sentido de ali ser instalada a Assembleia Municipal com os respetivos serviços de apoio, arquivo e salas de trabalho para os deputados municipais.
Carlos Castela