1 janeiro 2014

Assembleia Municipal aprova Orçamento e Grandes Opções do Plano da Câmara de Castelo Branco para 2014
Luís Correia avança com Museu da Seda


O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco disse que o orçamento para o próximo ano é um “orçamento de continuidade mas que apresenta algumas novidades e que procura aproveitar as oportunidades que possam surgir” em 2014.
Luís Correia fez questão de sublinhar que o executivo que lidera, “acha que as coisas têm uma continuidade e uma adaptação nessa continuidade. Os cortes radicais não dão bons resultados”, disse.
O autarca falou depois de algumas novidades para o próximo ano, como a criação de um Museu da Seda, em parceria com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco.
“Vai ser um museu visitável que trará muita gente. Tem uma perspetiva económica e social”, referiu Luís Correia, que quer fazer deste museu um caso de sucesso, tal como já acontece em Seia com o Museu do Pão.
O executivo vai também fazer uma forte aposta na divulgação do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCB), não só a nível arquitetónico, como também da exposição que ali se encontra.
Outro projeto inovador é a Buca (Bicicleta de Utilização Citadina Albicastrense), como meio de transporte alternativo ao automóvel e que foi apresentado pelo BE.
Luís Correia acredita no projeto do BE e promete encontrar “soluções” para o concretizar.
O autarca fez ainda questão de dizer que “não nos podem acusar de colocar no orçamento coisas que não prometemos” e acrescentou que quando se analisa um documento destes, “cada um vê o que quer”.

Expetativas
defraudadas
Álvaro Batista (PSD), disse que tinha alguma expetativa neste orçamento, não só por ser o primeiro apresentado por este executivo, como também pelas “promessas feitas durante a campanha eleitoral em relação à economia, ação social, turismo e desporto. Pensei que o orçamento tivesse um enfoque nestas linhas de ação, mas depois de ver o documento, as dúvidas são mais do que muitas e tenho a convicção de que temos muito pouco de novo face à ação do anterior executivo”.
O deputado social-democrata insistiu ainda que a Câmara de Castelo Branco podia baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e recordou a verba que a autarquia pretende arrecadar com este imposto, cerca de cinco milhões de euros. Também o IRS que se encontra na taxa máxima, foi alvo da atenção do deputado do PSD.
“Quem fala tanto nos problemas das pessoas tem que evidenciar isso na sua ação”, disse.
Quanto às Grandes Opções do Plano para 2014, Álvaro Batista voltou a criticar o executivo e referiu que “não há uma ideia para a economia local, não há uma ideia nova para a energia. É muito curto, nada estabeleceu de diferente do que vinha do passado”.
A terminar, o social-democrata sublinhou que a “pérola em cima do bolo”, previsto nas Grandes Opções do Plano, é a construção do crematório no cemitério de Castelo Branco e a sua conservação ou os serviços de vigilância para parques de estacionamento.
“As grandes opções da Câmara de Castelo Branco não serão estas. Convenhamos que se não é anedota, parece”, concluiu Álvaro Batista.
Por seu turno, Cláudia Soares (PS), deixou uma palavra de apreço em relação ao orçamento que considerou “ambicioso e bem estruturado”.
A deputada municipal socialista disse ainda que o PS “continuará a zelar pelo rigor na autarquia” e recordou aos presentes que estamos perante uma redução de 10 milhões de euros” no orçamento face a 2013, ou seja, cerca de 15%.
Cláudia Soares apelou também a que haja “uma visão mais económica e menos politiqueira” em relação aos documentos em causa, sublinhando que o orçamento e as Grandes Opções do Plano para o próximo ano, “têm um enquadramento realista e consistente, que reflete a vontade da Câmara de Castelo Branco em gerir de forma criteriosa e de dar resposta às necessidades do concelho”.

Aérodromo, um sorvedor
de dinheiro
Ana Maria Leitão (CDU), optou também por questionar o executivo da possibilidade de se reduzir o IRS, “atendendo à situação de empobrecimento” que afeta muitas famílias.
A deputada da CDU referiu-se também ao aérodromo de Castelo Branco, como “um sorvedor de dinheiro” e disse que espera que “traga retorno” para a região.
Ainda sobre este assunto, questionou o executivo sobre as diligências que está a efetuar no sentido da rentabilização daquela infraestrutura para concluir que espera que o aérodromo “não seja mais um elefante branco”.
Ana Maria Leitão questionou ainda a verba atribuída à APPACDM para o Museu da Seda.
“Não há outras instituições com cidadãos com deficiência?”. A terminar, a deputada municipal da CDU aler- tou para o facto de ao nível do ordenamento do território, dos 13 milhões de euros inscritos para as 222 intervenções, 11 são para Castelo Branco.
“Achamos que não pode haver freguesias que são filhas e outras enteadas. É exagerado este número de intervenções para a freguesia de Castelo Branco”, referiu.
Luís Barroso (BE), deixou desde logo claro que apesar do voto favorável do BE, “este não nos leva a abdicar dos nossos ideais. Admitimos que temos outra visão sobre decisões tomadas, mas respeitamos o PS”.
O deputado municipal do BE sublinhou ainda que a “grande preocupação está virada para o futuro” e uma vez mais, defendeu “o orçamento participativo”.
Luís Barroso disse também que o Orçamento para 2014, “se afigura empolado, ainda que haja uma redução de 10 milhões face a 2013” e registou com agrado “a abertura do presidente da Câmara sobre a Buca no enquadramento das ciclovias” existentes na cidade.
A Assembleia Municipal aprovou ainda o Orçamento Plano de Investimento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), no valor de 18,5 milhões de euros.
PS, BE e CDU votaram favoravelmente, o CDS/PP absteve-se e o PSD votou contra.

 

 

 

31/12/2013
 

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