15 outubro 2014

Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão desafia Portas a reformar IRC
“AMS é um exemplo da capacidade de saber fazer”

O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão disse, sexta-feira, que a AMS-BR Star Paper, “é um exemplo da capacidade de saber fazer, mesmo quando o mar está tempestuoso”.
“Não será fácil encontrar no Interior e até no País, um exemplo destes”, disse.
Luís Pereira, falava durante a visita do vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, à fábrica de papel tissue instalada no Concelho de Vila Velha de Ródão desde 2009 e que recentemente foi galardoada em Nápoles, Itália, com o prémio europeu de promoção empresarial, na categoria de apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência dos recursos.
O autarca destacou ainda a empresa pelo “mérito e a ousadia” de investir no Interior do País e disse que “superar é aqui (AMS-BR) o verbo”.
E, dirigindo-se a Paulo Portas, recordou ao governante a necessidade de reforma do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), mas deixou bem claro que “não queremos tratamentos de exceção”.
“O Interior merece um sinal positivo”, concluiu o autarca.

“País profundamente
desigual”
 O vice-Primeiro-Ministro, realçou que Portugal é um país “profundamente desigual” em relação ao investimento que se faz no Interior e no Litoral e explicou que aquilo que o impressiona neste projeto, “é precisamente o investimento no Interior, porque nós temos um País que é profundamente desigual nesta matéria”.
Paulo Portas, em resposta ao autarca de Vila Velha de Ródão, referiu que em relação à discriminação positiva do Interior do País quanto ao investimento, essa discriminação já “foi acolhida no novo código fiscal de apoio ao investimento, que majorou e melhorou o desconto fiscal que uma empresa recebe por investir agora no Interior”.
O governante explicou também que tem investido algum do seu tempo, a procurar que os contratos de investimento que representam a atração de investimento nacional ou estrangeiro, não sejam apenas distribuídos pelo Litoral e que “não reforcem a litoralização do País”.
“Pelo contrário, espero que possam ser justamente distribuídos pelo território, desde que os municípios também compreendam que a competitividade entre as suas ofertas faz parte de uma política de atração de investimento. Há os que o fazem, como é o caso de Vila Velha de Ródão”, disse.
Paulo Portas inaugurou uma nova linha de transformação da AMS-BR Star Paper que representa o culminar da última fase de um investimento de 50 milhões de euros e assistiu à apresentação do novo plano de investimentos, no valor de 39 milhões de euros, que contempla a expansão da unidade produtiva e a criação de mais 71 postos de trabalho.
O vice-Primeiro-Ministro realçou ainda o projeto de apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência de recursos da AMS-BR Star Paper, que venceu o prémio European Enterprise Promotion Awards 2014 e disse que “é um orgulho para Portugal que o prémio seja dado a uma empresa portuguesa, e é um orgulho para os portugueses, que esse prémio seja recebido aqui no Interior”.

Projeto destaca-se
pela diferença
“Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce”. Foi com esta célebre frase que o administrador da AMS-BR Star Paper começou o discurso, na receção ao vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas.
José Miranda referiu que o projeto da fábrica de Vila Velha de Ródão, “desde o início se destacou pela diferença”.
“Onde os outros viam problemas, nós víamos a solução”, disse.
O responsável pela fábrica de papel tissue realçou ainda que a empresa “é um claro exemplo da aplicação de fundos comunitários de que o Estado se deve orgulhar”.
Depois de recordar que em Nápoles, durante a entrega do prémio, o que mais desejou foi ter na plateia os 155 colaboradores da empresa, José Miranda sublinhou que os trabalhadores “são os grandes obreiros daquilo que a empresa fez ao longos destes cinco anos”.
Na sua curta existência, a AMS-BR conquistou já três distinções nacionais, duas menções internacionais e um prémio europeu.
Segundo José Miranda, “é muito fácil” conseguir estes resultados, “basta juntar aquilo que o País tem de bom: os portugueses” e adiantou que uma das “falhas” das empresas nacionais está nas lideranças.
Sobre o novo investimento de 39 milhões de euros que a empresa vai fazer e que irá permitir a expansão da unidade produtiva de Vila Velha de Ródão, o responsável da AMS disse que só foi possível com a entrada de um novo acionista.

15/10/2014
 

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