17 dezembro 2014

POR CAUSA DOS PROBLEMAS NA ALTURA DAS ELEIÇÕES
D. Antonino Dias desafia misericórdias para formar os irmãos

O bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, D. Antonino Dias, apresentou uma “proposta à irmandade e às misericórdias, para evitar todos os problemas que surgem na altura das eleições”, porque, realçou, “muitos irmãos não conhecem os estatutos”.
D. Antonino Dias realçou que aquilo que se verifica é que “se dá o nome, pagam-se as quotas, mas não se sabe o que isso significa”, pelo que é necessário “haver uma aposta na formação dos irmãos”, naquilo que classificou como “um desafio para apostar na formação da irmandade”. A posição foi assumida sexta-feira, no decorrer da cerimónia de tomada de posse dos órgãos diretivos da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, para o quadriénio 2015-2018.
D. Antonino Dias fez questão de destacar que “estamos aqui por causa dos pobres, dos que necessitam de apoio” e reforçou o “desafio para que tenhamos uma irmandade das santas casas, às vezes a gente até se ri”, comentou ironicamente, para rematar que “quem faz as santas casas são os irmãos”.
O bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco reafirmou que “gostaria que não houvesse tantos problemas por esta altura das eleições” e com esta questão como pano de fundo sublinhou que, “às vezes, dá a impressão que as misericórdias são uma espécie de trampolim para o poder”, para defender que “estas casas não são casas de fazer política. Estas casas não podem ser um trampolim. Aqui serve-se”.
Antes o novo provedor da Misericórdia, José Augusto Alves, falou na nova equipa e no “compromisso árduo, mas motivador”, que tem pela frente, mostrando-se “honrado em integrar o grupo de homens que ao longo de 500 anos têm servido a instituição”.
José Augusto Alves não deixou de valorizar “o que as misericórdias têm feito pelos mais pobres e desprotegidos”, dando igualmente realce à vigilância quotidiana das carências sociais”. Por outro lado, falou na importância do voluntariado e nesta matéria deixou o desafio para que este “seja incentivado nas escolas, como acontece noutros países”, concluindo que “ninguém vence sozinho”.
O novo provedor avançou também que “com a crise e desemprego, as misericórdias têm de estar atentas, para dar respostas rápidas”, apelando ainda “à ajuda de todas as pessoas de boa vontade”, bem como para que “ergamos o conceito de solidariedade como o nosso melhor estandarte”.
Presente na cerimónia, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, começou por afirmar que a presença de D. Antonino Dias “revela a importância que a Igreja e a Diocese dão à Misericórdia de Castelo Branco”, dando depois as “boas-vindas” ao novo provedor, que “assume o cargo num momento exigente”.
Luís Correia adiantou que a “Câmara é um parceiro e sempre presente na ação da Santa Casa da Misericórdia” e garantiu que “a Câmara vai continuar a assumir-se como parceiro da Misericórdia”.
O autarca voltou a centrar a atenção no “momento exigente que se vive, com menos recursos”, para realçar que “a crise exige mais meios e menos apoios”, para mais à frente aludir “a novos modelos de apoio social, que temos que encontrar e implementar”.

 

16/12/2014
 

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