António Costa, candidato às Primárias do PS veio a Castelo Branco
“Temos que ter um PS que não seja um partido acomodado”
O candidato socialista às Primárias, António Costa afirmou domingo, em Castelo Branco, que a reforma das freguesias, “foi um enorme disparate”, consentido pela “falta de coragem do PS”, de tomar a iniciativa na liderança e na condução dessa reforma.
António Costa falava após um almoço que juntou militantes e simpatizantes socialistas em Castelo Branco.
“Temos que ter um PS que não seja um partido acomodado ou com falta de coragem para apresentar propostas para resolver os problemas”, declarou.
E, neste sentido, disse que “se queremos dar força a este território (Interior) e queremos que seja a nossa grande base no mercado ibérico, não o podemos enfraquecer, retirando daqui serviços essenciais” para as populações e para “atrair e fixar” pessoas e atividades económicas.
António Costa considerou, por isso, que é necessário dar força às entidades regionais e “há uma forma prática e pragmática” de o fazer, que é as atuais CCDR, “deixarem de ser mais um serviço da administração desconcen-trada do Estado” e deixarem de “depender” de um Governo em Lisboa, para “passarem a ser os seus dirigentes eleitos pelos autarcas da região”, de forma a que fiquem “ao serviço das regiões e não do Poder Central”.
António Costa, numa alusão à atual liderança do PS, disse também que não é possível devolver a confiança aos portugueses quando, antes de ganhar as eleições, já é admitida demissão “à primeira contrariedade”.
O candidato às Primárias do PS considera que para se devolver a confiança aos portugueses é preciso ter uma visão estratégica e um rumo para o País e sublinhou que o atual Governo, “não tem uma mensagem de futuro a dar ao País, nem aponta nenhuma visão estratégica para o País”.
Segundo António Costa, o atual Governo, cometeu erros capitais desde o início.
“Em primeiro lugar, convenceu-se que o nosso problema começava e acabava nas finanças públicas e não percebeu que o problema das finanças públicas resultava de um problema económico”.
“Por não ter percebido isto, o Governo lançou-nos numa austeridade profunda que levou muitas empresas à falência, fez aumentar brutalmente o desem- prego, empobreceu coletiva-mente o País e conduziu milhares de portugueses à emigração”, referiu. O resultado, segundo Antó-nio Costa, é que hoje “não temos o défice controlado e temos uma divida maior do que quando o Governo entrou em funções e quando se iniciou esta crise”, concluiu.
Costa, “o futuro
Primeiro Ministro”
O presidente da Concelhia de Castelo Branco do PS, sublinhou que António Costa “é sinónimo de esperança para o país”.
Luís Correia, visivelmente satisfeito com o número de pessoas presentes no almoço, afirmou ainda que “quem tem esta força em Castelo Branco, ganha as eleições” e rematou que “estamos perante o futuro Primeiro Ministro de Portugal”.
Joaquim Morão, que se assumiu atualmente como sendo um militante de base do PS, recordou aos presentes que o mais importante é o “votinho” nas urnas.
O ex-autarca recordou batalhas políticas passadas, em que “encostamos o PSD a um canto”, mas acrescentou que a batalha política, “agora não é com o PSD. Infelizmente é no PS, mas obrigaram-nos a isso”.
Morão fez questão de sublinhar que “não temos inimigos em lado nenhum” e depois de tecer algumas críticas ao atual Governo, disse não ter “dúvidas nenhumas que António Costa vai ganhar”.
A presidente eleita da Federação Distrital de Castelo Branco disse que o atual presidente da Câmara de Lisboa, vai fazer toda a diferença “no combate às assimetrias” do País.
Hortense Martins, recordou que António Costa, “está aqui, não por qualquer projeto pessoal, mas para estar ao serviço do País” e acrescentou que “precisamos de ter um Governo com pessoas competentes para ganhar o futuro”, futuro esse onde se integra “esta região do Interior”.
“Todos sabem quem apoio. Disse-o desde o início”, afirmou a deputada socialista.