União dos Sindicatos de Castelo Branco
“Encerramento das maternidades na Beira Interior é real”
A União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) refere que a ameaça de encerramento das maternidades na Beira Interior “é real” e a prova disso mesmo está na portaria que reclassifica os hospitais.
Segundo Cristina Hipólito, da direção da USCB, “a ameaça de encerramento das maternidades é real, não é inventada. É o que quer dizer a portaria Nº 82/2014, de 10 de abril”.
A dirigente sindical falava aos jornalistas quinta-feira, durante uma ação de sensibilização feita à porta do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco, contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e contra o encerramento das maternidades na Beira Interior.
“É do conhecimento geral que as maternidades na Beira Interior estão desde há muito tempo na mira dos sucessivos governos”, recordou a dirigente da USCB.
Cristina Hipólito referiu que “agora, à má fila, à socapa e de forma cobarde, este Governo publicou a portaria (nº 82/2014 de 10 de abril)”, que estabelece os critérios que permitem categorizar os serviços e os estabelecimentos do SNS, de acordo com a natureza das suas responsabilidades e quadro de valências exercidas.
“Ora, o Hospital Amato Lusitano e o Hospital Pero da Covilhã foram classificados no grupo I e este grupo, entre outras, deixa de ter a valência que dá suporte às maternidades”, adiantou.
A dirigente da USCB sublinhou ainda que perante “esta monstruosidade” e perante a denúncia pública que foi feita, “alguns responsáveis de saúde dos dois hospitais, que sabiam da situação mas que se calaram, vieram à pressa dizer que tinham a garantia do Ministério de que nenhuma maternidade iria encerrar”.
Contudo, Cristina Hipólito referiu que “não podemos ir na conversa mole dos serventuários do Governo e dos interesses privados na saúde”.
A USCB deixa um apelo às populações em geral no sentido de defenderem o direito à saúde e acrescenta que “só a firme oposição das populações e dos utentes podem voltar a impedir o encerramento das maternidades”.
“É isto que estamos a fazer hoje e é o que iremos fazer a partir daqui”, concluiu Cristina Hipólito.