26 fevereiro 2014

João Belém
Criatividade e educação

Uma palavra muito usada hoje em dia é criatividade. Esta temática ganha especial interesse por diversas razões. A sociedade atual exige de todos nós um constante autoaperfeiçoamento e uma resolução criativa de problemas.
Vive-se, nos tempos presentes, “a sociedade da criação” (Portnoff, 1992). Os conhecimentos renovam-se rapidamente, em consequência dos progressos científicos e tecnológicos. Já não chega trabalhar bem, é preciso fazê-lo cada vez melhor. Há que desenvolver capacidades que ajudem os indivíduos a mais facilmente se adaptarem às novas circunstâncias e situações. Há que apelar à nossa inteligência, mas também à nossa criatividade. “Já só é possível funcionar com eficácia se a ação for baseada em todas as potencialidades das pessoas. Desenvolver o nosso potencial criativo é mesmo urgente” (Portnoff, 1992).
Torna-se pois importante equacionar o papel que a criatividade desempenha ou pode vir a desempenhar no sucesso ou insucesso dos nossos alunos e na qualidade do nosso sistema de ensino. Devemos, nesta ordem de ideias, discutir se a escola, como expressão do sistema social, atrofia ou favorece a aptidão para a criatividade
Os termos ”criar” e “criatividade” derivam do latim “creare” que significa “fazer ou produzir”. No dicionário de língua portuguesa o termo “criar” é definido como: “dar existência; tirar do nada; gerar; produzir; originar; entre outras e o termo criatividade surge com uma definição mais complexa: “Função da inteligência humana que torna o homem superior ao que ele mesmo cria”;
A definição de criatividade não é fácil e a História demonstra que a Criatividade tem sido um conceito complexo, abordado por inúmeras perspetivas, uma vez que o Homem sempre se questionou sobre a sua capacidade e necessidade de criar. Se por um lado a Criatividade foi vista como um dom da natureza humana, presente em indivíduos com alguma sensibilidade e ligação ao divino, por outro lado, havia a associação da Criatividade à loucura e impulsos, resultantes de desajustes e conflitos no inconsciente da pessoa. Platão afirmava que se tratava de inspiração divina e era uma das condições para a expressão artística (Pereira, 1998), já Aristóteles defendia que a criação provém de um poder próprio do homem, de uma capacidade/força transformadora de algo, a partir do que já existe, que se traduz numa “força capaz de produzir os princípios adequados ao problema”, (Amaral, 2005 ).Mais tarde, o termo criatividade esteve intimamente associado à teologia e durante o Renascimento, a ideia do “divino” ainda estava muito presente, mas o sentido de independência e liberdade ajudou na identificação da criatividade como fazendo parte da condição humana
Na educação o desenvolvimento da criatividade é uma competência transdisciplinar.
Silva (2009), apresenta algumas condições que facilitam um clima criativo em contexto educacional: “aceitar e encorajar maneiras alternativas de olhar a questão ou o problema, reforçar tentativas de soluções invulgares; tolerar a divergência, incentivando o não conformismo, apoiando opiniões diferentes, através do adiamento da solução final até que todas as possibilidades sejam encontradas
O Ensino deve ser pois uma experiência de “religar”, através das nossas forças criadoras, permitindo a evolução do conhecimento, com Liberdade e Responsabilidade.

 

26/02/2014
 

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