A Casa de Espetáculos e da Cultura da Sertã recebeu, sábado, cerca de 250 cristãos da Diocese de Portalegre-Castelo Branco para participarem nas 9ª Jornadas Diocesanas da Pastoral da Família.
O tema central das jornadas A Família em tempos de mudança, serviu de mote à conferência proferida por José Borges de Pinho, docente da Universidade Católica de Lisboa.
O conferencista refletiu sobre a família tradicional cristã, as suas características e variantes de causa socioculturais, e as realidades familiares.
Segundo José Borges de Pinho, impõe-se evitar juízos generalizados sobre o que provoca e leva a afirmar que a família está em crise.
“A família continua a ser a estrutura que oferece às pessoas mais garantias de estabilidade e de esperança”, referiu o palestrante, sublinhando ainda que “as pessoas também vão sentindo que a erosão da família nos torna menos felizes”.
Porém, Borges de Pinho adiantou, citando o papa João XXIII, que “nós não somos profetas da desgraça”, mas sim “de esperança”.
Para o professor universitário da Católica, a família constitui-se ainda e sempre como o núcleo fundamental da sociedade e, neste plano, “uma realidade boa porquanto obra da criação de Deus”.
A Família Cristã da Atualidade foi o tema do painel moderado pelo professor Joaquim Leonardo Martins, e no qual dois casais e uma viúva deram o seu testemunho de família cristã.
Maria do Rosário partilhou o sentimento cristão com que o falecido marido viveu a doença que o levou à morte.
Presente no evento esteve também o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco.
Jorge Neves e Conceição Neves falaram das experiências de vida na família e na comunidade nas diferentes dimensões de participação, em cujos percursos e modos de estar valorizaram a matriz cristã das suas famílias, enfatizando os vínculos de que as famílias precisam: amor, sin- ceridade, generosidade, aceitação, verdade e confiança. Jorge Neves disse mesmo que “desempenho melhor a minha função de autarca por ser crente”.

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