Festival prolonga-se até dia 11 de agosto
Boom Festival esgotou venda de bilhetes a 15 de julho
A organização do Boom Festival 2014, que teve início segunda-feira em Idanha-a-Nova, prolongando-se até dia 11 deste mês, disse que a venda de bilhetes está esgotada desde o dia 15 de julho.
“Desde o dia 15 de julho paramos a venda de bilhetes. A lotação para os 30 mil boomers ficou esgotada, o que já pressupõe também todos os convidados, as 1.700 pessoas que integram o staff, artistas e organizações que têm o direito de estar aqui presentes”, referiu um membro da organização.
Alfredo Vasconcelos explicou que neste momento, estão confirmados no festival, participantes de 152 países, confirmação essa feita “não só pelas vendas eletrónicas, mas também pelo sistema Unicre, que pode fidelizar de onde é que vêm estas compras de bilhetes”.
“Estamos a colocar agora as centenas de pessoas que vão trabalhar nas mais diferentes áreas, uma série de passos logísticos para colocar um festival deste tamanho a funcionar. Temos uma equipa cada vez mais forte e rotinada. Decidimos começar o festival ligeiramente mais cedo, ou seja, toda a logística e orgânica começou ligeiramente mais cedo e até agora com 100 por cento de êxito”, adiantou.
Alfredo Vasconcelos sublinha ainda que 90 por cento dos boomers vêm do estrangeiro, sendo que apenas 10 por cento são portugueses.
No capítulo dos números, os franceses estão claramente à frente e ocupam o primeiro lugar em termos de participantes no Boom Festival, seguindo-se os alemães, ingleses e portugueses.
A organização realça a importância e o impacto que o festival tem cada vez mais numa região relativamente desfavorecida.
“Tal como já tem acontecido em outros sítios do mundo (Montreaux, por exemplo) o festival pode ser uma âncora da região”, diz Alfredo Vasconcelos.
“Penso que o Boom Festival está nesse caminho. Idanha-a-Velha vai ter, provavelmente, mais visitantes em três ou quatro dias do que tem num ano. Acho que isso é muito importante. O impacto económico é também muito importante”, recorda.
Alfredo Vasconcelos refere ainda que segundo os dados anunciados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), cada estrangeiro gasta em média em Portugal, 100 euros por dia.
“É muito fácil fazer as contas quando estamos a falar de 90 por cento do público que vem do estrangeiro e que está em permanência no País, no mínimo, 12 dias. É fácil de perceber que o impacto económico direto e indireto do festival é muito grande”, concluiu.
A organização espera que o Boom Festival 2014 seja “o melhor de sempre”.
“É um festival que está a atingir ou que já atingiu em 2012, o patamar de um festival de escala mundial e global. Estou absolutamente convencido de que com a diversidade de pessoas que atingimos, não há paralelo, pelo menos no mundo da música, das artes e do espetáculo. É um fenómeno que temos que olhar com mais atenção, porque está em crescimento e não é por acaso que estas pessoas sentem um apelo para vir aqui”, sublinha Alfredo Vasconcelos.