ISENÇÃO DE IMI E DEVOLUÇÃO DO IRS
Concelhia do PSD sai em defesa das moções rejeitadas
A Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco veio a público defender as duas moções apresentadas pelo PSD e CDS/PP na Assembleia Municipal realizada dia 29 de setembro e ambas rejeitadas.
Recorde-se que uma das moções defendia a isenção de taxa de IMI em todas as freguesias rurais do Concelho de Castelo Branco, ou seja, com exceção das freguesias de Alcains e Castelo Branco onde seria mantida a taxa de 0,3 por cento, e ainda nas localidades de Lentiscais, Taberna Seca e Ribeiro da Seta, enquanto a outra preconizava a devolução dos cinco por cento do IRS dos contribuintes do Concelho.
O presidente da Concelhia, João Paulo Benquerença, veio defender, em conferência de Imprensa, que “a isenção de IMI é apenas uma das muitas políticas que esta câmara podia e devia implementar”, aceitando que “não é, obviamente, a solução miraculosa de todos os males das freguesias, que são muitos e alguns de difícil resolução, mas era mais uma ajuda que continuamos a acreditar ser fundamental para encontrar medidas que demonstrem o nosso respeito por quem ainda tem a coragem de viver nas freguesias. Mas esse não é o entendimento do PS e nós entendemos, mas não aceitamos”.
João Paulo Benquerença realça que “apresentamos uma medida possível de execução, mas lamentamos que a vontade de chegar ao poder pelo poder e o seguidismo político tenha toldado o discernimento dos deputados municipais de tal forma que pensamos que nenhum deles tenha refletido a sério sobre questões como porque queremos que aqueles que nos elegeram sejam obrigados a pagar mais impostos do que muitos outros no País, ou porque queremos que o custo do trabalho seja mais oneroso para os trabalhadores que nos elegeram do que para muitos outros no País”.
O presidente da Concelhia acrescenta que “queremos que seja reduzido em cinco por cento os impostos sobre o trabalho no nosso concelho e não desistimos desse objetivo”.
Matéria em que destaca que é “inacreditável” que “nos respondam que é uma vantagem competitiva dispor de recursos financeiros para poder ganhar algum novo projeto para o nosso concelho e que se fossem aprovadas estas moções a Câmara perdia essa vantagem”. João Paulo Benquerença aceita que “é efetivamente uma vantagem a Câmara ter recursos financeiros para fazer face a alguma contrariedade ou a algum novo investimento”, mas riposta que “se analisarmos com detalhe as contas da Câmara, ela, conjuntamente com os SMAS, possuem, neste momento, mais de 100 milhões de euros em depósitos bancários, que representam uma quantia avultada de juros”. Motivo que o leva a concluir que “pela análise de contas do ano passado, este investimento global (IMI e IRS) de aproximadamente 3,3 milhões de euros, seria absorvido pratica- mente na sua totalidade com os juros das aplicações financeiras”. Ainda com as moções como pano de fundo, João Paulo Benquerença abordou ainda a questão das críticas feitas ao vereador do PSD Paulo Moradias, ao referir que “nos parece completamente desajustado o comunicado em que foi atacado de forma violenta”, argumentando que “o vereador apenas foi o porta-voz de todos nós, PSD, de tudo o que pensamos e sentimos sobre o assunto e que continuamos a acreditar ser possível viver melhor na nossa terra”.