8 outubro 2014

Proença-a-Nova reage a dados que colocam a região do Pinhal Interior Sul como a mais envelhecida da Europa
“A nossa esperança é que a UE obrigue o Governo a fazer algo por estes territórios”

O presidente da Câmara de Proença-a-Nova espera que a União Europeia (UE), obrigue o Governo Português a “fazer alguma coisa” em relação ao envelhecimento da população no seu concelho e em toda a região do Pinhal Interior Sul.
O autarca reagiu desta forma aos dados divulgados segunda-feira pelo Eurostat, que dão conta que a região do Pinhal Interior Sul, que inclui os concelhos de Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros e Vila de Rei, era em 2013, a região mais envelhecida da Europa, onde 32,4 por cento da população tinha mais de 65 anos.
“A nossa esperança é que a UE, olhando para os dados sobre o envelhecimento da população na região do Pinhal Interior Sul e, nomeadamente no Concelho de Proença-a-Nova, obrigue o Governo a fazer alguma coisa por estes territórios”, afirmou João Paulo Catarino.
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova adiantou que as câmaras “já não podem fazer mais” para evitar esta situação.
“Nós já fazemos o nosso papel, oferecemos habitação, manuais escolares, transportes. Não podemos oferecer emprego”, sublinhou.
Segundo o autarca, o que está em causa é uma “ausência completa de políticas descentralizadoras e de desenvolvimento regional nestes terri- tórios durante as últimas três décadas” e adiantou que “o Estado demitiu-se das suas funções para desenvolver o País como um todo”.
João Paulo Catarino defendeu ainda que deve haver uma majoração para os investimentos públicos e privados nas regiões do Interior.
“Não podemos oferecer as mesmas condições a quem quer investir em Oleiros ou em Proença-a-Nova ou em Torres Novas, por exemplo”, disse.
“Julgo que o próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) aponta no sentido de haver essa majoração positiva, o que será uma boa medida”, sustentou o autarca.
João Paulo Catarino explicou também que a decisão do Governo de encerrar serviços públicos em áreas tão importantes como o Ensino, Saúde, Finanças e Justiça, não ajudam em nada à fixação de jovens nestas regiões.
E o autarca voltou a defender que as medidas para fomentar a natalidade também devem ser majoradas nos territórios onde essa redução é estrutural e não conjuntural.

 

07/10/2014
 

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