A Camisola Preta estreia esta quinta-feira, 2 de outubro, às 21h30, na Moagem – Cidade do Engenho e das artes, no Fundão, o espetáculo Aguarda Referendo, que é apoiado pela DGARTES, no âmbito do programa Arte pela Democracia, e coproduzido pela Moagem - Cidade do Engenho e das Artes e pela Câmara do Fundão. Trata-se de um espetáculo musical participativo, no qual o público é convidado a interagir democraticamente através do voto. A proposta inspira-se nos princípios instaurados pelo 25 de Abril de 1974 e depende, de forma intrínseca, da participação ativa do público e da comunidade envolvida no processo de criação.
Esta é a terceira produção original da Camisola Preta, com direção de João Figueira e depois da estreia, no Fundão, seguem-se mais duas apresentações para o público geral, na próxima sexta-feira e sábado, 3 e 4 de outubro, também às 21h30. O espetáculo será igualmente apresentado no Teatro Clube de Alpedrinha, nos dias 10 e 11 de outubro, e na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco, no dia 22 de outubro.
Para além destas datas para o público em geral, estão previstas várias apresentações destinadas às escolas, que terão lugar no Fundão, em Alpedrinha e em Castelo Branco, promovendo o contacto dos alunos com um formato artístico participativo ligado aos valores da democracia.
Na apresentação do espetáculo é questionado “Quanto vale uma democracia? Qual é o nosso papel neste sistema? O meu voto conta tanto como o dos outros? A abstenção tem assim tanto impacto?”, para ser respondido que “Aguarda Referendo é um concerto participativo dirigido por João Figueira, que convida o público a votar e a decidir o rumo de cada apresentação. Inspirado nos princípios do 25 de Abril de 1974, o projeto só ganha sentido com a participação ativa da plateia, explorando dois pilares essenciais da democracia, que são a discussão pública e o direito de escolha. Com um formato próximo de um videojogo, o espetáculo parte sempre do mesmo ponto de origem, mas abre caminhos e perspetivas diferentes em função das escolhas do público. Cada concerto é único, se o público assim decidir. Ao invés de abordar a política pelas vias tradicionais, Aguarda Referendo cria um diálogo vivo com quem assiste, transformando cada concerto num espaço de participação ativa, onde público e intérpretes moldam juntos a experiência. É um jogo coletivo, imprevisível e estimulante. E merece ser jogado”.