Quercus denuncia “crime ambiental” na Albufeira de Santa Águeda
A Quercus, em comunicado enviado à Comunicação Social, veio denunciar um “crime ambiental” na Albufeira de Santa Águeda, Marateca, apontando o dedo a “obras ilegais e à ocupação do domínio público da albufeira que abastece Castelo Branco”.
A associação ambientalista recorda que detetou, “no final de 2014, um conjunto de obras que estavam a decorrer ilegalmente junto da Albufeira de Santa Águeda, na área de proteção”, referindo-se concretamente à “mobilização de solos numa grande área, destruição de carvalhais, vegetação natural, implantação de espécies arbóreas exóticas e edificação de muros”.
Realça que “estas intervenções violam diversa legislação, nomeadamente o Plano de Ordenamento da Albufeira, em vigor desde junho de 2005, pondo também em causa a elevada sensibilidade ecológica do local que abastece a região Sul do Distrito de Castelo Branco com água potável”. A Quercus relembra que a Albufeira de Santa Águeda “possui um Plano de Ordenamento onde estão definidas várias faixas de proteção com o respetivo zonamento, de forma a salvaguardar a integridade e qualidade do local e consequentemente da água de abastecimento público”, bem como que “a envolvente da albufeira também possui uma elevada diversidade biológica nos carvalhais existentes e nas linhas de água”. Tudo para denunciar que “parte destas intervenções decorrem em domínio público, num claro atropelo do interesse público” e avançar que “no seguimento da denúncia realizada pela Quercus, em novembro passado, o SEPNA deslocou-se ao local e procedeu ao levantamento de um auto de contraordenação ao proprietário do terreno”. Agora a associação ambientalista realça que vai “continuar a acompanhar este processo, exigindo que as autoridades cumpram a Lei e salvaguardem os interesses públicos de proteção ambiental e de saúde pública desta área de grande sensibilidade ecológica e importância estratégica” e “exige a reposição da situação”.