PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO
Castelo Branco volta a acolher o 48 Horas Filme Festival
Castelo Branco volta a acolher, este ano, o 48 Horas Filme Festival, que no ano passado decorreu na cidade pela primeira vez. A garantia foi deixada pelo presidente da Associação ST Arte, Afonso Fontão, quinta-feira, durante a receção, na Câmara de Castelo Branco, aos responsáveis da ST Arte, bem como ao realizador e aos dois principais protagonistas do filme Do Céu Já Não Caem Lágrimas, que venceu a edição de 2014 da prova, arrecadando os prémios de Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Fotografia, Melhor Argumento e Melhor Música Original e que, por isso, vai representar Portugal no Filmapalooza, que decorre de 26 deste mês a 1 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América.
Recorde-se que o 48 Horas Filme Festival foi organizado pela associação albicastrense ST Arte, com o apoio da Câmara de Castelo Branco, que agora mantém o apoio para a edição deste ano, além de apoiar a deslocação do realizador João Pedro Nunes e da atriz albicastrense Laura Frederico, a Los Angeles.
O presidente da Câmara, Luís Correia, no decorrer da receção, afirmou que “o festival correu muito bem e o filme vencedor desse festival vai representar Portugal a Los Angeles” e realçou que “também vai representar Castelo Branco, o que nos apraz muito”.
O autarca acrescentou que “foi uma aposta ganha quando resolvemos, juntamente com a ST Arte, fazer o festival em Castelo Branco e espero que tragam um excelente resultado de Los Angeles”.
Pelo meio, deixou ainda um desafio, ao referir-se “à mensagem de este sucesso ser um incentivo para outros jovens irem para estas áreas”.
Por seu lado, João Pedro Nunes, recordou que Do Céu Já Não Caem Lágrimas é um filme de sete minutos, que envolveu uma equipa de 15 pessoas, tratando-se de uma curta-metragem que retrata “o combate entre gerações, com uma geração que está desiludida com o mundo que lhe foi entregue às mãos”.
Já a protagonista do filme, Laura Frederico, fez questão de realçar que “sou albicastrense e estou muito orgulhosa de estar aqui”, bem como de “representar Castelo Branco e Portugal em Los Angeles, ainda por cima com um filme em português, porque podia ser noutra língua, por exemplo, em inglês”.
Laura Frederico realçou ainda que “este trabalho é uma aventura muito interessante” e recordou que “assim que recebi o guião, foi fazer sem questionar muito, porque não havia tempo”.
Uma opinião idêntica é sustentada pelo outro protagonista do filme, Adão Castro, ao garantir que “o mais difícil foi não termos tempo”, pelo facto de se dispor de apenas 48 horas para fazer tudo, de onde avança que neste trabalho “sou eu levado a um extremo, pois somos nós adaptados ao texto, porque não há tempo para construirmos uma personagem”.