14 janeiro 2015

LOUSA
Danças Tradicionais são património cultural imaterial

Dancas Tradicionais Lousa 09As Danças Tradicionais da Lousa, Concelho de Castelo Branco, acabam de ser inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural e Imate-rial, na sequência de uma decisão da Direção-Geral do Património Cultural.
Um passo considerado importante pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, porque “vem valorizar muito o nosso património ima-terial”, ao mesmo tempo que representa o “reconhecimento do valor e do património das Danças Tradicionais da Lousa”.
Luís Correia, por isso, não perde a oportunidade de “dar os parabéns à Associação Cultural e Etnográfica da Lousa (Lousarte), que fez todo o trabalho administrativo”, reforçando que “este é um passo importante para a valorização do património imaterial que temos no Concelho”.
O autarca realçou ainda que, agora, é igualmente relevante colocar as Danças Tradicionais da Lousa “ao serviço do nosso Turismo, dos visitantes”.
As afirmações foram proferidas segunda-feira, no decorrer de uma sessão realizada no salão nobre da Câmara de Castelo Branco, na qual o presidente da União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa, José Santos Lourenço, recordou que este “foi um processo moroso, iniciado pelo anterior executivo da Junta de Freguesia da Lousa e que depois da reorganização administrativa foi herdado pela União de Freguesias de Escalos de Cima e Lousa”.
José Santos Lourenço revelou também a sua satisfação pelo facto das Danças Tradicionais da Lousa passarem a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural e Imate-rial, uma vez que esta “é uma das melhores maneiras que temos para divulgar o património existente”.
Por seu lado, o presidente da Lousarte, Teles Chaves, realçou que este passo representa “a consolidação de uma aspiração de há muito tempo” de uma tradição com “séculos de existência e que tem contado com o empenho de muitos lousenses”.
Teles Chaves destacou o facto das Danças Tradicionais da Lousa “serem o terceiro bem no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial, a nível nacional”, para explicar que, afinal, “estamos a falar de três tipos de danças, que são a Dança das Virgens, que é a mais conhecida, a Dança dos Homens e a Dança das Tesouras”.
O presidente da Lousarte também explicou que as Danças Tradicionais da Lousa estão associadas à festa em honra da Nossa Senhora dos Altos Céus, que decorrem no terceiro domingo de maio.
Assim, duas das danças, a das Virgens e a dos Homens são executadas no domingo, a seguir à procissão, enquanto a Dança das Tesouras é apresentada na segunda-feira”.
Por outro lado, destacou que às Danças Tradicionais da Lousa “está agregado outro património”, referindo-se às imagens de Nossa Senhora dos Altos Céus, “uma delas pensa- mos que do Século XIV e outra do Século XIX, bem como a Igreja Matriz da Lousa”.
Teles Chaves afirmou que o facto das Danças Tradicionais da Lousa integrarem o Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial conduz a uma “responsabilidade acres- cida”, não deixando de se referir “às dificuldades”.
Nesta matéria, o maior problema tem a ver com a Dança das Virgens, uma vez que as executantes “entram com 11 ou 12 anos, mas aos 16 ou 17 anos saem, pelo que é preciso renová-las e é aí que surge a dificuldade, porque a deserti-ficação é uma realidade, dificultando o processo de arranjar pessoas para manter isto a funcionar”.

A fundamentação
da classificação
A classificação assinada pelo diretor-geral do Património Cultural, Nuno Vassallo e Silva, numa portaria publicada em Diário da República, dia 7 deste mês, deve-se “à importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade da Lousa (Município de Castelo Branco) em que esta tradição se pratica” e pela “importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial pela sua profundidade histórica, dimensão festiva e ritual, assim como pela sua ancoragem social na respetiva comunidade, segundo o Diário da República.
A classificação desta tradição foi proposta ao Governo em julho de 2014, pela União das Freguesias de Escalos de Cima e Lousa que considerou «encontrar-se cabalmente fundamentada a relevância» das Danças Tradicionais da Lousa integradas na sequência festiva e cerimonial das festas em honra a Nossa Senhora dos Altos Céus, de acordo com um conjunto de critérios genéricos descritos na fundamentação.

António Tavares/Carlos Castela

 

15/01/2015
 

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