14 de outubro de 2015

Celeste Capelo
Imperativo de S. Paulo: “Avaliai tudo e ficai com o que tem valor”

Segundo a minha reflexão sobre os resultados das últimas eleições legislativas pensei, meditei, e tirei algumas ilações desta frase de S. Paulo.
Lembrando que, há quem diga, e parece-me ser já um postulado que nos afirma que a política é a arte do compromisso. Vejo estes resultados como que um desafio, e até uma prova avaliativa, para sabermos onde está, e quem tem esta capacidade de comprometimento.
Ouve-se dizer frequentemente que, na Europa não há estadistas e Portugal não foge à regra, antes acentua esta falta.
Voltando à reflexão da frase que dá o título a esta crónica, seria útil e necessário que os decisores políticos avaliassem tudo e nos deixassem ficar com o que tem valor.
Os valores políticos não são como os valores éticos. Os valores éticos são imutáveis. Os valores políticos são circunstanciais, acrescidos da ética que tem de estar subjacente a cada decisão política que é tomada.
Governar é difícil, até porque estou convicta de que a austeridade que muitos não querem, será substituída por rigor até porque temos compromissos muito pesados até para lá de 2030. Estas são realidades que ninguém pode ignorar. A nossa população continua a envelhecer e a pressão para algumas despesas públicas inevitavelmente irá aumentar, como a saúde e segurança social. O desemprego é estrutural e por isso muito difícil de combater. A situação geopolítica mundial com destaque para o estado islâmico e as suas consequências que todos os dias são notícia bem arrepiantes do ponto de vista moral e humano. Refiro concretamente as centenas de milhares de refugiados que vêm para a Europa fugidos da guerra em busca de uma situação de Paz. Tudo isto são problemas com os quais teremos de conviver e saber como resolver.
Porque não seguir o exemplo, neste caso de um quarteto ? “Quarteto de Diálogo para a Tunísia” que recebeu da Academia Sueca o Prémio Nobel da Paz de 2015?
Este foi um sinal forte e um elemento encorajador lançado ao resto do mundo árabe e à própria Europa, que mostra ser possível ter um debate pacífico por meio do diálogo e do respeito recíproco.
O Quarteto, formado no verão de 2013, inclui a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia, a Confederação de Indústria, Comércio e Artesanato da Tunísia, a Liga dos Direitos Humanos da Tunísia e a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia.
O Comité Nobel, escolheu estas quatro instituições que criaram um processo político alternativo e pacífico numa altura em que a Tunísia estava à beira de uma guerra civil.
O Filósofo Grego e, consta que grande advogado, quando uma vez lhe perguntaram o que é difícil? Ele respondeu: “Suportar dignamente as mudanças da sorte para pior” .
Como em tudo na vida, e na política também, é preciso ter sorte, mas sorte só, não chega.

14/10/2015
 

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