15 abril 2015

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
Municipalização é vista como uma oportunidade

museu.jpgA municipalização do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, é vista como uma oportunidade para valorizar este espaço cultural da cidade. A posição foi assumida sexta-feira, no decorrer da sessão de abertura do II Congresso Internacional de Arqueologia da Região de Castelo Branco, organizado pela Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, depois da presidente do Conselho Diretor da Sociedade, Celeste Capelo, ter abordado a questão.
Na resposta, o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás, considerou que o facto do Museu passar para as mãos da autarquia “poderá ser um aspeto muito positivo, se nos permitir a nós, localmente, tomar as decisões”.
Arnaldo Brás realçou que “à volta deste museu há pessoas de grande craveira intelectual e na cidade há pessoas que podem contribuir para este museu evoluir”, para defender que com a municipalização “não será minimizar, mas potenciar e poder criar à volta do Museu uma massa critica que possa promover o seu desenvolvimento”.
Por seu lado a diretora do Museu, Aida Rechena, afirmou que deste modo “volta à casa que criou” e sublinhou que “isso só será um drama, se o transformarmos num drama”.
Na sessão de abertura do Congresso, Celeste Capelo começou por realçar “o elevado número de comunicações”, bem como o facto da maioria ser apresentada por jovens, para defender que, assim, “o interesse desta temática, a Arqueologia, é valorizado”.
Celeste Capelo recordou depois que o fundador do Museu, Francisco Tavares Proença Júnior, foi “um jovem arqueólogo, contra a vontade do pai, que queria que ele fosse advogado”, relembrando, por outro lado, que numa carta datada de 1907 já ele escrevia que «ainda um dia Castelo Branco há de ter um museu municipal e aí se reunirão os sabichões (leia-se arqueólogos)». Um projeto que se viria a tornar realidade, com o Museu a comemorar esta sexta-feira o 117º aniversário.
Recorda também que em 1914, “quando o fundador estava fora do País foi criada uma associação para apoio ao Museu”, que seria a Sociedade dos Amigos que, com o passar do tempo ficou inativa, sendo refundada em 2003”.
Desde então a sua finalidade “tem sido apoiar o Museu a promover eventos como este”, com Celeste Capelo a rematar que “Museu já temos e este Congresso ajudará a concretizar as nossas ambições”.
A presidente da Comissão Científica do Congresso, Raquel Vilaça, garantiu que os dias do Congresso “serão de grande proveito científico, o que se prolongará com a publicação das atas”, não perdendo a oportunidade de realçar que a iniciativa “conta com a presença de vários estudantes de Arqueologia, da Universidade de Coimbra”.
Presente na sessão de abertura, António Abrunhosa, sobrinho-neto do fundador, afirmou que o Museu tem “um peso histórico muito grande na família”, sendo “uma presença viva na cidade da memória do meu tio-avô”.
António Abrunhosa destacou depois que “a Arqueologia tem a ver com a nossa identidade local”, considerando ainda que “a Arqueologia está muito bem representada no Congresso, com todos os jovens presentes na sala”, pelo que não há dúvida que o passado tem um grande futuro”.
A importância da Arqueologia foi também valorizada por Arnaldo Brás, ao assegurar que “as questões da Arqueologia são de extrema importância para estudarmos o passado e perceber o futuro”.
Em relação ao Congresso, Aida Rechena avançou que “estamos aqui para dar continuidade ao projeto de Francisco Tavares Proença Júnior” e garantiu que “a Sociedade dos Amigos tem sido um pilar para o Museu, desde 2003”.

15/04/2015
 

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