15 abril 2015

PROJETO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE HIPOTERAPIA
Quando os cavalos fazem bem à saúde

Hipoterapia inclusiva 03.jpgA relação entre o Homem e o cavalo tem milénios, uma vez que os equídeos, desde meio de transporte a instrumento de trabalho, passando por fonte de alimentação, fazem parte da história da humanidade.
Mas, mais recentemente, o cavalo também passou a ser visto como um medicamento, através da hipoterapia, que é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo, de modo a atingir o desenvolvimento psicossocial de pessoas com necessidades educativas especiais.
Nesse sentido, Nádia Tavares, que frequenta o terceiro ano do curso de Educação Física, variante Desporto Adaptado, na Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco, no âmbito do estágio está a dinamizar o projeto Hipoterapia Inclusiva, que está a ser desenvolvido com clientes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, que recebe estagiários do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), resultado de um protocolo entre as duas partes.
O projeto de Nádia Tavares, que tem como orientador de estágio o professor de Educação Física Paulo Filipe, da APPACDM, envolve um conjunto de 10 clientes da instituição, dos quais quatro em teste e os restantes seis como participantes.
A atividade consiste, segundo avança Nádia Tavares, “em aplicar uma bateria de testes que é repetida depois das sessões de hipoterapia”, sendo que o projeto passa por “testar o equilíbrio das alunas, fazer a hipoterapia e repetir os testes, para se perceber até que ponto a hipoterapia é benéfica na melhoria do equilíbrio, verificando-se as alterações/melhorias”.
Uma matéria, em que João Afonso Batista, que é monitor de equitação na Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco, e que também está envolvido no projeto, não hesita em afirmar que “há muita gente que precisa desta terapia”, garantindo que na sequência da hipoterapia “se nota a evolução das pessoas”.
João Afonso Batista afirma que a hipoterapia “é uma terapia importante, que é cada vez mais encarada como um bem precioso, não apenas para pessoas com necessidades educativas especiais, mas para outras”, dando o exemplo de uma pessoa paraplégica que, assim, “pode ter a noção do que é andar”, ou mesmo uma “pessoa muito introvertida, que regista melhorias se fizer hipoterapia”.
Apesar de afirmar que atualmente a hipoterapia já é vista com outros olhos, João Afonso Batista não deixa de lamentar que “algumas pessoas ainda não reconheçam a sua importância, porque em relação à equitação, no seu todo, ainda há a ideia que é um desporto de elite”.

15/04/2015
 

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