Investimento rondou os três milhões de euros
Centro de Biotecnologia de Plantas promove atividade economia
O Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior (CBPBI) inaugurado sexta-feira em Castelo Branco, num investimento de três milhões de euros, tem como objetivo o desenvolvimento do conhecimento ligado à biotecnologia de plantas e promover a sua utilização como fator de promoção da atividade económica.
“Trata-se de uma aposta na investigação aplicada, claramente orientada para o tecido empresarial. O objetivo é criar conhecimento, desenvolvimento económico e atribuir valor económico a esse conhecimento”, explicou o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia.
Este responsável, que falava durante a sessão de inauguração realizada sexta-feira, adiantou ainda que a partir de agora, “o IPCB tem condições de excelência para a prática da investigação”.
O CBPBI, instalado nas antigas instalações da Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco, inclui ainda um campo experimental no Parque Industrial da Gardunha, no Concelho do Fundão, sendo que o investimento rondou os três milhões de euros.
Foi criado ao abrigo de um protocolo celebrado em janeiro de 2014, entre o Politécnico, Câmara do Fundão e Universidade da Beira Interior (UBI).
Tem ainda como parceiros o Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade de Campinas (Brasil) e o Biocant Park – Centro de Inovação em Biotecnologia de Cantanhede, responsável pela investigação de ponta nesta área.
“Este projeto é um excelente exemplo do que deve ser a relação entre as várias instituições das nossas regiões. Temos todos a ganhar se houver uma conjugação de esforços e foi isso que aconteceu”, sublinhou Carlos Maia.
Por seu turno, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, disse que este foi um projeto “muito difícil e exigente”.
“O conhecimento é uma área universal. Este não foi um projeto fácil, foi muito exigente e complexo. Se não houvesse uma visão partilhada seria impossível estarmos aqui hoje”, afirmou o autarca.
Paulo Fernandes realçou o compromisso que é necessário haver, “para que projetos como este possam nascer, e acima de tudo, o grande desafio, que possam crescer, desenvolver-se e consolidar-se nesta lógica da criação de valor e de transferência do conhecimento para o setor empresarial”.
“O mais fácil está feito. O que aí vem é o maior desafio”, adiantou.
Presente na inauguração do centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, esteve também o secretário de Estado do Ensino Superior.
José Ferreira Gomes sublinhou que o sucesso do Politécnico “depende do sucesso de iniciativas deste tipo”.
O governante realçou ainda a necessidade que as instituições de Ensino Superior têm de se aproximar das suas regiões e de demonstrarem, “o potencial enorme que têm para o desenvolvimento das suas regiões”.
“Temos hoje em Portugal uma dimensão do sistema científico e tecnológico nacional que está em condições de servir as grandes empresas”, adiantou.
Este responsável disse ainda que as instituições de Ensino Superior têm que “dar o salto” e contribuir para centros de desenvolvimento e transferência de tecnologia e para o desenvolvimento regional, fazendo consultoria e dando apoio a empresas, municípios e entidades da região onde estão inseridas.
“Se não conseguirem dar esse salto que não é fácil, o futuro do Ensino Superior como grande promotor do desenvolvimento educativo e cientifico está em risco”, concluiu.
Carlos Castela