No Distrito
Socialistas consideram o desempenho do Governo da coligação um “desastre”
A cabeça de lista do Partido Socialista (PS) pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco às eleições Legislativas de 4 de outubro, Hortense Martins, considera que a governação para o Distrito de Castelo Branco pela coligação PSD/CDS-PP nos últimos quatro anos “foi um desastre”.
A conclusão foi apresentada domingo, no decorrer do balanço da governação, que afirmou ser também de “desinvestimento e passou pela anulação de algumas conquistas, nomeadamente de discriminação positiva”.
Hortense Martins afirma que nesses quatro anos o Distrito “perdeu 10 mil pessoas”, e afirmou que “esperamos que o próximo Governo”, que está convicta será do PS, “tem políticas para atrair os jovens, se não nunca mais voltarão ao País”.
Perante a perda destas 10 mil pessoas adianta que “significam mais do dobro do que acontece no País e é a terceira maior queda em termos nacionais”, para avançar que “esta perda tem efeitos económicos”, não esquecendo também que “muitas das pessoas levaram os filhos que estavam nas escolas”.
Ainda em relação aos quatro anos aponta o dedo ao “retrocesso na economia, à diminuição da riqueza produzida e à perda de serviços”, acrescentando que “o volume de negócios das empresas caiu”.
Por isso defende que “precisamos de um governo com sensibilidade para as questões do desenvolvimento local, regional do Interior”.
Hortense Martins realça também que a “natalidade caiu mais do dobro que nos quatro anos anteriores” e avançou que nesta área de “2010 para 2014 se registou uma queda de 19 por cento”.
Outro número avançado respeita aos “3.500 desempregados no Distrito”, e frisou que “só 45 por cento dos desempregados do Distrito recebe subsídio de desemprego”.
Pelo meio não deixa de criticar o facto da floresta “ser um dos setores menosprezados pelo Governo”, bem como “a forma como entendem o próprio turismo no Interior”.
Na área social, para além do subsídio de desemprego e de inserção, centra ainda a atenção no complemento solidário para idosos, ao afirmar que neste período passou a abranger “menos dois mil idosos, o que significa menos 31 por cento”.
Já no campo da saúde, depois de realçar que “nós lutamos pelo reforço das nossa unidades de saúde”, afirma que no Distrito se registaram “menos 18 mil urgências”, atribuindo este facto “às taxas moderadoras muito elevadas”.
Tudo, sem esquecer que “há mais de quatro mil utentes sem médico de família”.
Hortense Martins realça ainda que “os deputados do PS têm estado sozinhos a defender a Região, uma vez que os deputados do PSD e o Governo não tiveram uma ação de defesa da nossa região, nestes quatro anos”.
A candidata não poupa críticas “à introdução de portagens na A23; à desqualificação da Linha da Beira Baixa; ao adiamento da requalificação das escolas Nuno Álvares e Amato Lusitano, em Castelo Branco, e Campos Melo, na Covilhã; ao facto do Governo ter autorizado a EDP a suspender a Barragem do Alvito; ao não se avançar com a construção do IC31; ao Governo ter rasgado o acordo com a Câmara de Castelo Branco do call center da Segurança Social, perdendo-se 400 postos de trabalho; ao deixar cair o plano diretor do Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco e terem retirado de Castelo Branco as Águas do Centro; entre outros”.
António Tavares