12 de outubro de 2016

Acidente entre autocarro e viatura ligeira causou 17 mortos
Tribunal de Castelo Branco iniciou julgamento cível do acidente na A23

O Tribunal de Castelo Branco iniciou ontem, terça-feira, o julgamento para o apuramento da responsabilidade civil no acidente que ocorreu no dia 5 de novembro de 2007, na A23, onde morreram 17 alunos da Universidade Sénior Albicastrense (USALBI) que regressavam de uma viagem a Fátima.
O acidente registou-se a 5 de novembro de 2007, na A23, quando um autocarro que transportava 38 elementos da USALBI e um veículo ligeiro embateram, causando a morte a 17 pessoas.
A parte criminal  já foi julgada, sendo que o Tribunal de Castelo Branco condenou a condutora do veículo ligeiro envolvido no acidente, a quatro anos e quatro meses de prisão com pena suspensa e absolveu o motorista do autocarro.
O julgamento para o apuramento da responsabilidade civil, começou ontem, terça-feira, no edifício do antigo Governo Civil de Castelo Branco, e tem como réus as seguradoras das duas viaturas envolvidas no acidente e a concessionária da autoestrada A23.
Teresa Pereira, advogada que representa a esmagadora maioria das vítimas, disse aos jornalistas, que espera um julgamento longo, uma vez que se trata de um processo complicado e que envolve muita gente.
“No final disto tudo, espera-se justiça. As pessoas esperam desde 2009 por esta justiça cível, porque a justiça crime já teve o seu desfecho e acabou em 2011. O processo é complicado, tem muita gente envolvida”, frisou.
Já em relação aos valores de indemnização que estão em causa, a causídica, disse apenas que se tratam de “números bastante avultados”.
Vários familiares e vítimas do acidente estiveram presentes na sessão inicial deste julgamento, sendo que as reações e as emoções foram bastante diversas.
Ilda Melo, que sofreu ferimentos no acidente, disse que espera que haja justiça e que “haja verdade acima de tudo”.
“Eu tinha 55 anos e daí para cá nunca mais voltei a ser a mesma pessoa, quer física, quer psicologicamente”, referiu.
Já João Candeias, que perdeu a esposa no acidente, mostra-se descrente neste julgamento.
“Não espero nada, já. Não tenho confiança nenhuma. Não há pessoas competentes para resolver o caso”, sublinhou.

12/10/2016
 

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