A utilização de estratégias de aprendizagem cooperativa nas escolas são hoje consideradas como fatores fundamentais para desenvolver a inclusão educativa.
Esta forma de organização da aprendizagem permite aos alunos interagir com os seus pares, praticar e generalizar as suas capacidades sociais. Por outro lado, o trabalho de grupo, quando os alunos já possuem autonomia para realizar as propostas educativas numa lógica de autosustentação, permite ao professor dedicar-se ao apoio individualizado dos alunos com problemas de aprendizagem persistentes.
Através da formulação ou partilha de ideias, os alunos adquirem sentimentos de apoio mútuo, autoestima, sucesso pessoal, partilha de responsabilidade, capacidades de negociação e, essencialmente, patamares de sociabilidade, tolerância e reciprocidade fundamentais para a inclusão social.
Contudo, quando o professor opta pela aprendizagem cooperativa como estratégia de ensino, deve ter em conta os seguintes critérios:
-estabelecimento de objetivos adequados ao estádio de desenvolvimento dos seus alunos;
-prestação de informação e meios para os alunos realizarem as atividades de grupo;
-gestão dos tempos, monitorização e apoio aos alunos durante as atividades;
-fornecimento de pequenas ajudas que favoreçam o progresso dos trabalhos e a aquisição de conhecimentos por parte dos alunos;
-promoção da prática da reflexão nos alunos sobre as formas como os grupos interagem e as soluções possíveis para a sua melhoria;
-divulgação dos trabalhos de grupo ao nível da escola (exposições, jornal escolar, entre outras).
António José Alves Oliveira

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