Joaquim Martins
Parabéns, Santa Casa!
Parabéns, Santa Casa! – A irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco celebrou, no passado dia 16, 502 anos. O dia, que foi de festa, fica marcado pelo compromisso de 40 novos irmãos. Compromisso feito na Capela da Nossa Senhora da Graça, ou da Misericórdia, como é mais conhecida, após missa de Ação de Graças, presidida pelo respetivo Capelão e concelebrada por um dos sacerdotes da Paróquia em que se insere.
Um sinal positivo a indiciar que os princípios que presidiram à sua fundação e que à Irmandade incumbe prosseguir se mantêm vivos. Um sinal positivo, pois os novos irmãos ouviram lembrar as Obras de Misericórdia que são função da Santa Casa – quer as Corporais, quer as Espirituais – e assumiram o compromisso de velar para que elas sejam praticadas.
É verdade que os condicionalismos dos tempos introduziram novas funções e obrigações na Santa Casa, que, além de Irmandade, passou também a ser Instituição Particular de Solidariedades Social (IPSS). O que acarreta responsabilidades e compromissos novos, perante o Estado e a Sociedade; Novos métodos de gestão e organização; Novas formas de resposta às carências da Comunidade. É verdade.
Mas não anula o essencial. E o essencial é que a Santa Casa da Misericórdia é uma Irmandade católica ao serviço dos mais carenciados, dos pobres, dos abandonados da sorte. Comprometida com o serviço das Obras de Misericórdia!
Parabéns à Santa casa e à Irmandade!
Dia Mundial da Justiça Social – É assinalado sábado, dia 20. Foi uma Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 26 de novembro de 2007, aprovada por unanimidade. Visava relançar os objetivos e metas, aprovados na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Social, realizada em Copenhaga em 1995 e que definia como objetivos gerais do Desenvolvimento a “erradicação do pobreza, o objetivo do pleno emprego e a promoção da Integração Social”.
Não sei se no primeiro ano da celebração – 20 fevereiro de 2008 – os Países signatários anunciaram medidas concretas visando aqueles objetivos. Sei é que as situações que se pretendiam corrigir, se agravaram substancialmente. Sei é que, na Europa, e em Portugal, o desenvolvimento social tem regredido. Há mais pobreza, mais desemprego e menos integração (veja-se o que se tem passado com os refugiados!).
É tempo de voltar a lembrar o Dia e a questionar. Que é que se tem feito? O que valem as Resoluções das Nações Unidas?