Festival de Música
Entrelaços apresenta música para todos os gostos
O Entrelaços 16” – XVI Festival Internacional de Música Tradicional/Folk de Castelo Branco, organizado pelo Musicalbi sob a direção artística de Carlos Salvado, decorre entre amanhã, quinta-feira, e sábado, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco.
O programa começa amanhã, quinta-feira, às 21h30, com a atuação dos Macadame, um grupo de música tradicional/folk, em que quatro rapazes e uma rapariga, de formações tão diferentes, acabaram por se encontrar no gosto pela música tradicional. “Um gosto que cresceu até se transformar numa espécie de paixão inquebrantável, daquelas que nos revolvem os sentidos e nos fazem ver as coisas de que gostamos como ninguém as vê”.
Sexta-feira, também às 21h30, sobe ao palco o ComCordas. O swing, o jazz e os ritmos ciganos são alguns dos géneros de música que englobam o espetáculo do ComCordas que, pelo facto de tocarem apenas instrumentos de corda, não deixam de surpreender através dos recursos destes, do palco minimalista e acolhedor.
No mesmo dia atua ainda Ricardo Gordo Que “é o feliz interlocutor de um diálogo ímpar (até há pouco improvável, senão inefável): o da guitarra elétrica e da guitarra portuguesa. Em suma: mais um habitante desse inferno a quem muitos chamam arte. Mas arte maior. É para isso que estão fadados os cultores do belo”.
Sábado, de novo às 21h30, a animação musical começa com os Ganhões de Castro Verde, que “conhecem o tamanho das palavras que cantam. Palavras singelas: terra, sol, Alentejo: palavras imensas. Os Ganhões cantam o sentido des- sas palavras tão grandes. E as suas vozes, espalhadas sobre a terra, entram dentro da gente e são infinitas”.
O programa termina com os Xarnege. Xarnege, ou Sharnègo, é uma palavra Gascon que designa as cidades da fronteira entre Gasconha e o País Basco. Portanto, o projeto musical Xarnege inclui muitos dos elementos comuns a ambas as culturas. Xarnege é um ponto de encontro, não uma mistura. Uma encruzilhada, não um limite. Um olhar sobre o futuro a partir das raízes, não um museu inerte. Um lugar para compartilhar e continuar a noite marcha com o saco cheio de música.