2 de novembro de 2016

PELA SOCIEDADE DOS AMIGOS DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
II Congresso Internacional de Arqueologia já tem atas publicadas

As atas do II Congresso Internacional de Arqueologia da Região de Castelo Branco, que decorreu em abril do ano passado, organizado pela Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, foram apresentadas domingo. Apresentação que esteve a cargo da arqueóloga Raquel Vilaça, que é professora na Universidade de Coimbra e que além de coordenar o livro, também coordenou o Congresso.
Na apresentação da obra, a presidente do conselho diretor da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Adelaide Salvado, recordou que “o II Congresso foi em 2015 e recentralizou no Museu as temáticas da investigação arqueológica”, para realçar que as atas agora publicadas “são uma obra referencial no estudo do passado da região em que vivemos”.
Adelaide Salvado garantiu que esta publicação “não seria possível sem ao apoio da Câmara de Castelo Branco”, destacando ainda o facto de as atas serem publicadas “no ano em que se assinala o centenário da morte de Francisco Tavares Proença Júnior, que foi o fundador do primeiro museu de Castelo Branco e pioneiro da arqueologia no Interior”.
Por seu lado, para Raquel Vilaça não existe a menor dúvida que “o II Congresso Internacional de Arqueologia da Região de Castelo Branco só agora é cumprido na sua plenitude, com este livro”, elogiando, entre outros, “os investigadores que deram corpo ao Congresso e deram os seus contributos, pois, sem eles, não haveria livro e sem livro o Congresso só seria passado” e acrescentou que a publicação “tem contributos de 48 investigadores portugueses e espanhóis”.
Raquel Vilaça focou-se, de seguida, no facto dos contributos estarem reunidos em secções temáticas, aproveitando para destacar “a multitemporalidade da ciência da arqueologia”.
A sessão de domingo contou também com a apresentação da reedição da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco, datada de 1910 e da autoria de Francisco Tavares Proença Júnior.
Esta segunda apresentação foi da responsabilidade do diretor do Museu Arqueológico do Fundão e membro da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Pedro Salvado, que começou por referir que essa carta “é o primeiro grande elemento fundacional de que estas atas são netas”, não deixando de sublinhar que “é bom quando a arqueologia une gerações”.
Pedro Salvado recordou que a Carta foi “um trabalho pioneiro”, tratando-se de “um marco na arqueologia regional e nacional”, reforçando que “é o documento fundacional da arqueologia no Distrito”.
Relembrou também que se trata de um documento “do que são sete ou oito nos de investigação de Tavares Proença Júnior, no qual se notou logo que estávamos perante uma excecionalidade”, na qual, entre outros pontos, surge o “direito ao pequeno lugar. O direito a ter história, porque é a primeira vez que esses pequenos lugares surgem e as terras começam a ter raízes científicas. A grande revolução que as pessoas tinham das suas próprias origens”.
Tudo isto serviu para Pedro Salvado elogiar o papel desempenhado pela Sociedade de Amigos e, referindo que o património “é um singular plural”, chamou a atenção para “a necessidade de Castelo Branco ter uma carta arqueológica pública e atualizada”.
Desafio em relação ao qual o vereador da Cultura, Fernando Raposo, assegurou que a Câmara de Castelo Branco está atenta e a desenvolver.
Pedro Salvado, por outro lado, defendeu também uma maior atenção para com o Monte de São Martinho, por todo o valor que tem, até para “o futuro concertado para o nosso horizonte de identidade”.
Já no final da sessão, Fernando Raposo elogiou a Sociedade de Amigos que classificou como um “parceiro insubstituível” e recordou que “estamos num momento de redefinição da missão do Museu, centrada na sua matriz identitária, que é a arqueologia”.
António Tavares

02/11/2016
 

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