NOVO LIVRO APRESENTADO
António Salvado alimenta a alma da poesia
António Salvado afirma que escrever poesia “é uma necessidade. Se não escrevesse morria e como não tenho tempo para morrer…”, continua a escrever, pelo que segunda-feira, foi apresentada no Salão Nobre da Câmara de Castelo Branco, mais uma obra da sua autoria, intitulada Um Adeus Solidário de Ternura seguido de Com As Mesmas Palavras.
Uma obra em que, de acordo com o poeta Albicastrense, “a temática é sempre a mesma”, relativamente ao que já tem publicado, tratando-se de “um peregrinar pelo dia a dia, pela vida. É assim que nascem os poemas”. Um nascimento que é uma constante, a avaliar pelas declarações de António Salvado, que revela ter “mais quatro livros prontos” para publicação.
Confrontado com a distinção que lhe será atribuída dia 10 de outubro pela Universidade da Beira Interior (UBI), da Covilhã, com o doutoramento Honoris Causa, António Salvado revela que de todas as distinções que já recebeu “é a que mais me toca, porque sou um universitário, sou um académico e, também, por ser na Região”.
Na apresentação da obra, o presidente da Câmara, Luís Correia, dirigindo-se a António Salvado, afirmou que “temos muito prazer por o termos aqui mais uma vez, temos com todo o gosto mais a apresentação de um livro”, acrescentando que “mais um livro na sua obra representa um passo daquilo que queremos fazer em termos culturais em Castelo Branco”.
Luís Corria destaca que “Castelo Branco deve orgulhar-se pelo caminho que tem estado a fazer em termos culturais e que queremos continuar”.
Uma matéria em que se referiu “à aposta em infraestruturas ao serviço da cultura, dos Albicastrenses”, sublinhando que “também temos sabido atuar na área do imaterial”.
Com base nisso realça que “a obra de António Salvado é para nós um orgulho”, uma vez que considera essa obra “um património de Castelo Branco. Por isso, queremos continuar a reforçar a sua obra, o seu exemplo como poeta da nossa terra”, concluindo que “tem um caminho muito grande e é para nós uma grande satisfação a sua obra ir para todo o Mundo”.
Tanto mais, afirma que essa “obra tem que ser valorizada fora de Castelo Branco. Tem de ser uma forma de estabelecermos uma ligação a Salamanca, à Covilhã, aos países sul-americanos, com os quais tem uma grande ligação”. Tudo isto, para adiantar que, nesse perspetiva, “nós vamos utilizar a sua obra”.
Luís Correia afirmou também que António Salvado, “entre 2006 e 2016, editou 20 livros de poesia e isso é para nós um grande orgulho”.
O autarca, apesar de já o ter feito anteriormente, aproveitou a ocasião para, “pessoalmente, lhe dar os parabéns pelo doutoramento Honoris Causa pela UBI” e realçou que “é uma grande homenagem que se vem juntar a todas as outras”.
A apresentação da obra foi da responsabilidade de Margarida Gil Reis, que começou por se referir à sessão como “um testemunho de gratidão a um poeta e a um cidadão”.
Margarida Gil Reis referiu-se depois à poesia como “um compromisso com a vida”, para destacar que cada obra publicada de António Salvado “leva-nos a descobrir um novo universo”.
E no que respeita à obra do poeta Albicastrense destacou ainda “o inabalável compromisso com as raízes, com o telúrico, com o espaço materno, com o coração, nesta obra, como nas outras”, para concluir que “lugar melhor do que a escrita para exercer a nossa humanidade”.
A apresentação de Um Adeus Solidário de Ternura seguido de Com As Mesmas Palavras contou ainda com a leitura de alguns poemas do novo livro, ditos por Maria de Lurdes Gouveia Barata e Manuel Costa Alves.