25 de maio de 2016

INVESTIGAÇÃO EM MEDIA SOCIAIS
Vítor Tomé apresenta livro

Research on Social Media: a glocal view/Investigação em media sociais: uma visão global, é o livro coordenado pelos investigadores Vítor Tomé, Evelyne Bévort e Vitor-Reia-Batista, editado pela RVJ-Editores, que foi apresentado sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco.
A obra, como é adiantado, “tem como ponto de partida um projeto de investigação, desenvolvido em Portugal, França e Itália, que teve como objetivo compreender a cultura on-line de jovens, dos nove aos 16 anos, e dos seus professores e encarregados de educação, bem como as perceções destes relativamente a usos, práticas, perceção de riscos e oportunidades e aprendizagem com, sobre e através das redes sociais on-line”.
É também realçado que o livro “não tem um foco específico em crianças e jovens, nos seus professores e nos seus encarregados de educação”, uma vez que “quisemos diversificar as abordagens em torno das redes sociais on-line e também as geografias, conferindo também uma lógica local ao livro, pelo que contamos com contribuições de investigadores que se centram nestas áreas, desde a América do Sul à Europa e dos Estados Unidos da América à Austrália”.
Na apresentação da obra, o investigador Albicastrense Vítor Tomé referiu-se às origens do livro, abordando de seguida alguns dados referentes ao Distrito de Castelo Branco. Matéria em que adiantou que “os miúdos utilizam muito estas redes sociais, que saíram de casa, do quarto, uma vez que as utilizam em dispositivos móveis, que estão no bolso, permitindo a ideia de «é meu, sou autónomo»”.
Outro dado avançado é que em relação às redes sociais “os miúdos não têm medo”, realçando que “percebem que aquilo é perigoso e têm estratégias de defesa, mas sem ser através dos adultos”.
Vítor Tomé realçou também que “dos miúdos que responderam ao questionário, 35 por cento já se tinham sentido incomodados na rede, mas não falaram com os pais ou com os professores, mas resolveram a questão entre amigos”, concluindo que isto reflete “a falta de diálogo entre professores, pais e alunos”.
O investigador referiu ainda que “um projeto de investigação não acaba, é o início de um segundo”, o qual passa por “”formar professores, trabalhar com professores, pais e alunos”, pelo que “no próximo ano letivo será iniciado um projeto numa escola. Um projeto que é pequenino, mas que tem dimensão, porque é único”.
Presente na apresentação, o vereador da cultura da Câmara de Castelo Branco, Fernando Raposo, com base no livro abordou a questão da “emergência das novas tecnologias”, para realçar que em Castelo Branco “o Cybercentro tem a prioridade de dar formação aos professores nas áreas das novas tecnologias”, aproveitando para lançar um desafio a Vítor Tomé, no sentido de se envolver neste objetivo.
António Tavares

25/05/2016
 

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