PSD deixa sugestões para melhorar Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco
Sociais-democratas criticam falta de estratégia e definição de público-alvo
O presidente da Concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco, Carlos Almeida, criticou a falta de uma estratégia para o Centro de Empresas Inovadoras (CEI) e defendeu que seja definido um público-alvo e a criação de um fundo de capital de risco para empreendedores.
“Há uma falta de estratégia, do nosso ponto de vista, desde logo, na definição de um público-alvo que deve ser trabalhado, sem excluir ninguém, insisto”, afirmou o presidente da Concelhia do PSD de Castelo Branco, Carlos Almeida.
O social-democrata, que falava durante uma conferência de Imprensa realizada segunda-feira, sublinhou ainda a necessidade de haver uma atitude mais proativa na instituição, que passe por se sair do espaço físico e ir ao encontro das pessoas e do público.
“Tem que necessariamente haver uma atitude mais proativa, que passe por sair daquele espaço, por ir ao encontro das pessoas e de públicos, com o intuito de os sensibilizar, de fazer sessões, entregar materiais, organizar eventos porque, senão, corre-se o risco de grande parte das pessoas passar ali, achar o edifício muito bonito, mas não saber qual é a sua missão”, frisou.
As criticas e as sugestões do PSD de Castelo Branco surgem depois de uma recente visita ao CEI, na qual foram acompanhados pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, e pelo diretor executivo do CEI, João Borga.
“Pudemos constatar nesta visita que é uma infraestrutura de excelência que a cidade tem e que todos os Albicastrenses se podem orgulhar. Em termos de hardware estamos muito bem. A questão tem a ver com o software e até que ponto, de uma forma construtiva, o PSD pode contribuir para a melhoria do equipamento”, disse.
Carlos Almeida explicou que o CEI é um “excelente instrumento” que pode incentivar e levar à criação de emprego e de empresas e à fixação de pessoas.
Contudo, defende a necessidade, não só da definição de um público-alvo e de uma estratégia para o trabalhar, mas também a realização de eventos, sessões dirigidas às escolas e visitas guiadas.
O líder da concelhia social-democrata sublinha que deve ser feito um trabalho junto dos diversos graus de ensino existentes no Concelho de Castelo Branco, desde o Ensino Básico até ao Ensino Superior.
Entende ainda que o CEI, cuja Câmara de Castelo Branco é a instituição fundadora e que tem uma parceria com o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), deve estabelecer outras parcerias com entidades de âmbito local, como o Instituto Politécnico de castelo Branco (IPCB) ou a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB). Carlos Almeida defende também a criação de um fundo de capital de risco para empreendedores: “Trata-se de uma sugestão muito ponderada, porque é uma sugestão de risco”.
Este fundo, a funcionar mediante candidaturas e que teria uma responsabilidade partilhada, tem como vantagem segundo os social democratas, o aligeirar das candidaturas do ponto de vista burocrático.
“Com isto, o que pretendemos é essencialmente criar mais emprego, ter mais capacidade de atração e de fixação das pessoas. E o PSD está exatamente imbuído deste sentido, de dar maior ambição ao nosso concelho. Nós não queremos apenas limitar-nos a ser o Concelho que lidera as estatísticas a nível distrital, infelizmente em algumas áreas até nem o somos. Não. A nossa ambição e liderar o Interior do País”, concluiu.