Idanha-a-Nova
Município vai criar aceleradora tecnológica para a economia verde
Idanha-a-Nova vai ter, a partir de novembro, uma aceleradora para a economia verde, que resulta de uma parceria entre o município local e o Building Global Innovators (BGI).
“Vamos lançar em novembro, a Idanha Food Lab Accelerator, em parceria com o BGI, o Massachusetts Institute of Technology (MIT)) e com a European Institute of Innovation & Technology (EIT), que são estruturas de transferência de conhecimento para as empresas”, explicou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.
O autarca, falava à margem da conferência Agricultura com Futuro, Hoje!, uma iniciativa promovida pelo município local, a Living Seeds - Sementes Vivas e a Associação Biodinâmica Portugal (ABIOP), que juntou em Idanha-a-Nova, na passada sexta-feira, vários especialistas mundiais em agricultura biológica e biodinâmica.
O BGI, um programa de aceleração tecnológica promovido pelo ISCTE, pretende identificar os melhores projetos tecnológicos para os viabilizar no mercado.
“Pela primeira vez, vai-se fazer uma aceleradora de economia verde cujo objetivo é acelerar ideias boas neste âmbito, que possam ter a ver com a distribuição, comercialização, marketing, produção, questões de nutrição e de alimentação, entre outros”, explicou Armindo Jacinto.
Adiantou ainda que esta aceleradora vai instalar-se em Idanha-a-Nova, porque estão ali a acontecer inúmeros eventos relacionados com a agricultura biológica e biodinâmica, áreas em que já foram dados inúmeros passos.
O autarca sublinhou as potencialidades que existem em Idanha-a-Nova e em todos o País, sobretudo nos territórios de baixa densidade e do mundo rural, para desenvolverem projetos no âmbito da economia verde.
“Portugal está em grande crescimento nesta área, mas a Europa muito mais. E, portanto, esta é uma boa oportunidade para haver diferenciação para territórios como o de Idanha-a-Nova”, frisou.
Armindo Jacinto disse que um dos objetivos da aceleradora passa por aproveitar as boas ideias e projetos e lançá-los numa rede de conhecimento mundial que lhes permite oportunidades de negócio, de financiamento e de captação de investidores.
“É um leque de oportunidades que se abre. A ideia é potenciar toda esta economia que pode acontecer neste território”, sustentou.
Outro objetivo que a autarquia pretende com a criação desta aceleradora tecnológica, passa por, anualmente, selecionar até 20 ideias ou 20 projetos ligados à economia verde e potenciá-los.