31 de agosto de 2016

Em São Miguel d’Acha, Idanha-a-Velha e Monsanto
Perspetiva: Colecionador II pode ser visitada até dia 11 de setembro

Idn expo peca joana vasconcelos.jpgA exposição Perspetiva: Cole-cionador II, organizada pelo Centro Cultural Raiano e pela Câmara de Idanha-a-Nova, pode ser visitada até dia 11 de setembro, na Casa da Cultura, em São Miguel d’Acha, na Sé Catedral  de Idanha-a-Velha e no Posto de Turismo de Monsanto.
A exposição com curadoria de Mariana Salgueiro apresenta a segunda parte da coleção de Paulo Lopo, sendo de recordar que a primeira parte esteve exposta no Centro Cultural Raiano até abril.
Com uma primeira parte da coleção referente aos artistas modernistas portugueses, Perspetiva: Colecionador II salta no tempo para a arte portuguesa contemporânea.
O núcleo central das obras patentes encontra-se em Mon-santo, onde temas como a nova figuração ou o questionamento do suporte tradicional da pintura são abordados por artistas como Paula Rego, José Pedro Croft ou Pedro Cabrita Reis. Artistas como Júlio Pomar ou Helena Almeida convivem, no espaço do Posto de Turismo, com nomes emergentes como Manuela Pi-mentel ou Bruno Pacheco.
Na Sé de Idanha-a-Velha exibem-se três das peças mais desconcertantes e, por isso, interessantes de toda a coleção. A peça de Carlos Farinha, apresentada na inauguração pelo próprio artista, interpela o espeta dor com as suas personagens,  um mar de gente num retrato em grande escala. Já as peças de Pedro Figueiredo e Rui Chafes, prémio Pessoa 2015, são uma procura pela transcendência, todavia por meios diferentes: a contemplação e a abstração, respetivamente.
A Casa da Cultura de São Miguel d’Acha propõe-se fazer a ponte mais clara entre a arte tradicional, a população que a cria e a arte contemporânea, com uma peça da conhecida artista plástica Joana Vasconcelos. A peça, de 2004, foi a primeira estátua de cimento pintado que a artista cobriu de renda. Pela primeira vez exposta ao grande público, Minerva é símbolo do fim da fronteira entre o que é arte e o que é artesanato, que Joana Vasconcelos procura. Para continuar essa procura, a Casa da Cultura expõe ainda peças em renda das artesãs locais Ana Lopo Nunes, Amélia Lopo Salgueiro, Conceição Coelho Lopo e Mariana Lopo Pires, em claro diálogo com a peça contemporânea de Joana Vasconcelos.
Recorde-se que o coleciona-dor Paulo Lopo nasceu em Lisboa, mas passou a sua juventude em São Miguel d’Acha, onde ainda hoje permanecem as suas raízes familiares.
Foi estudar para Lisboa, Gestão de Marketing no IPAM, e foi onde, mais tarde, trabalhou com grandes empresas, como Sonae, Johnson & Johnson, L’Oreal, Olivetti, Moulinex ou Triunfo. À licenciatura juntou um mestrado em Direção Comercial e Marketing, pela Universidade de Barcelona, e outro em Ciências do Consumo. Foi professor de Distribuição e Merchandising no IPL (Leiria). Atualmente vive em Sintra e é administrador da Sociprime Field Merchandising SA, empresa que fundou em 1997.
Continua a colecionar arte, um gosto que mantém desde os 25 anos.
A mostra agora patente integra obras de Joana Vasconcelos, Carlos Farinha, Pedro Figueiredo, Rui Chafes, Ana Jotta, Bruno Pacheco, Fernan-da Fragateiro, Joana Rosa, Gracinda Candeias, Júlio Pomar, Fernando Costa, Fátima Mendonça, Gabriel Garcia, Paula Rego, Lourdes Castro, José de Guimarães, Helena Almeida, José Loureiro, Luís Noronha Da Costa, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Leonel Moura, Manuela Pimentel, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez e Luís Vieira Batista.

31/08/2016
 

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