9 de março de 2016

IV ENDURO ALEGRO CASTELO BRANCO
Fantástico arranque

O Campeonato Nacional de Enduro decorreu em Castelo Branco, nesta que foi a quarta edição da prova organizada pela Escuderia local. O IV Enduro Alegro, foi uma jornada fantástica a todos os níveis, com 221 pilotos inscritos, especiais muito disputadas, imenso público e um dia em cheio para a prática da modalidade.
A Escuderia Castelo Branco de novo a contar com o forte apoio do Centro Comercial Alegro e Câmara Municipal, teve a seu cargo a organização daquela que foi a primeira prova do Nacional de Enduro 2016, depois da anulação da corrida da Lousã, três semanas antes. Um dia de sol, temperatura agradável e ideal para a prática do Enduro ao mais alto nível, presenteou os 221 pilotos que alinharam na quarta edição da prova beirã, inscritos nas 12 categorias em disputa, adicionadas dos Troféus Beta, Sherco e Desafio TM Ra-cing.
Ao todo foram 35 km de percurso, que incluía três especiais cronometradas: a Cross-test desenvolvida na antiga pista do Valongo, com 6,5 km de extensão; a Extreme no local do Barrocal de novo um figurino com cerca de 800 metros de extensão e uma visibilidade perfeita a todo o público e por fim a Enduro-Test, também no mesmo local de 2015, dentro da cidade e desenhada com cerca de 6 km de extensão por entre um técnico e exigente olival.
Os pilotos concorrentes às várias classes, teriam de disputar um total de 4 voltas ao percurso para as categorias Elite e Open; três voltas apenas para as categorias Verdes e Veteranos e por fim duas voltas para as classes Super-veteranos, Enduro Cup, Youth Cup, Senhoras e Hobby.
Na Elite e na classificação geral da prova, o piloto oficial da Sherco Lourenzo Santolino levou de vencida um intenso dia de corrida, disputando o primeiro lugar com os rivais portugueses, também eles a alinharem no Mundial de Enduro, Luis Correia e Luis Oliveira, o primeiro oficial da Beta o segundo a competir na estrutura do Oliveira Racing Team com o forte apoio da Yamaha Portugal. A estes juntou-se ainda o muito experiente Joaquim Rodrigues, numa KTM que começou por liderar a prova, impondo um ritmo elevado. Seguiram-se Gonçalo Reis, campeão de 2015 e numa toada mais calma, Diogo Ventura de novo aos comandos da regressada Gas Gas à competição, e Fábio Pereira, outro dos conhecedores da modalidade. Nota para a presença de Hélder Rodrigues, sempre um dos habitués do Enduro, de novo a aproveitar para terniar.
Santolino venceu a geral e a classe Elite 2, com Luis Oliveira a superar a concorrência na classe Elite 1.
Na classe Open João Vivas conseguiu dominar a concorrência, impondo a sua Beta aos fortes e rápidos João Hortega e André Mouta, este o vencedor dos Verdes 1 em 2015.
Entre as duas categorias de Veteranos e Super Veteranos, repetiram vitórias os ganhadores de 2015, António Oliveira na primeira e Fernando Teixeira na segunda. Por sua vez os muitos pilotos que alinharam na classe Verdes, divididos entre Verdes 1, 2 e 3, tiveram em João Nobre o mais rápido da primeira categoria, sendo Manuel Moura o vencedor da Verdes 2 e ao mesmo tempo da Geral Verdes, uma vez que conseguiu inclusive superar o piloto Filipe Conceição que compete em Verdes 3 e vencedor desta.
As cinco concorrentes femininas que alinharam à partida, haviam de ser reduzidas para três no final das duas voltas, com Rita Vieira a ser uma vencedora incontestada da prova.
Já entre os futuros pilotos promissores das categorias Youth Cup e Enduro Cup, destaques para todos eles pela prestação conseguida, embora o realce vá para Nuno Barradas na Enduro Cup e Manuel Teixeira na Youth Cup.
Por fim a muito concorrida classe Hobby, a ideal para quem se pretende iniciar no Enduro, teve no final 70 concorrentes a cruzarem a linha de chegada, sendo que o destaque vai para Ricardo Ferreira que conseguiu impor a sua Sherco entre o lote de muitos entusiastas da modalidade.

O que eles disseram
- Lourenzo Santolino - Sherco Portugal: Foi uma corrida difícil, muito dura mas com um percurso muito bonito, técnico e com as especiais muito bem desenhadas, bastante melhor que em 2014 quando aqui competi. Consegui uma importante vitória. O Rodrigues e Oliveira estiveram muito fortes mas no final consegui superá-los, na classe e na geral. Vou disputar as provas portuguesas que conseguir, mas em principio não serão todas. Farei mais alguma mas só as que não coincidirem com o campeonato espanhol e o Mundial.
- Joaquim Rodrigues - KTM Racespec/J.Rod/CFL: Foi um bom começo de campeonato. Andamos bem o dia todo, mas infelizmente tive uns percalços, caíndo nas três especiais. Perdi a liderança que tinha, mas mesmo assim estou contente com o resultado. Diverti-me e isso é o que importa. A prova esteve engraçada, com as especiais abertas, num percurso duro mas muito interessante. O que tinha de ser corrigido, foi sem problemas. Estamos contentes, toda a equipa da KTM Racespec esteve à altura e quanto ao campeonato ainda falta muito para disputar.
Luis Correia - Beta Portugal/Moto Espinha: Foi uma boa abertura de campeonato para mim que vinha de uma lesão. Acho que estive à altura e mostrei que estou pronto a disputar o título. A prova correu-me bem. Consegui andar consistente desde o começo mas na Extreme tive um percalço e caí, o que me comprometu um pouco. Depois voltei a cair porque toquei num piloto que estava caído na Cross-Test e perdi mais tempo. Consegui recuperar e lutei pelo pódio da geral. A moto portou-se muito bem e acho que tenho muito para dar ao campeonato. A prova no começo parecia dura, mas depois acabou por se mostrar equilibrada e sobretudo bem organizada.
- Luis Oliveira - Oliveira Racing Team: Foi um bom início de campeonato. As especiais eram boas, num percurso um pouco puxado na primeira volta mas depois as coisas resultaram bem. Foi bom mas tenho de trabalhar mais um pouco. Tenho-me focado mais no Mundial de Super Enduro que está quase a terminar e onde quero fazer um bom resultado. Mas estamos cá para atacar mais um pouco, apesar de ter tido um pequeno azar na Extreme.
- Gonçalo Reis - Team Sol-posto: Comecei mal o campeonato. Senti que andei bem, numa prova muito bem organizada. Consegui andar sem arriscar muito, e só na última passagem na Extreme é que sofri uma queda porque perdi a visibilidade com o sol de frente. Bati numa pedra e fiquei lá, perdendo muito tempo.
Na realidade o meu objectivo para este ano não passa tanto pelo Enduro, mas estou aqui para treinar. Acho que ainda conseguirei vir a andar mais rápido nas próximas corridas. A concorrência está forte e estamos todos a um bom nível e isso é bom para a competição.
- Rita Vieira - Raposeira Bubbles: Gostei muito da prova, das especiais que eram bastante rápidas. O percurso estava cinco estrelas, rolante e um pouco duro, mas isso faz parte, isto é enduro. A organização é excelente. Quero continuar a lutar para manter o meu título nacional de campeã da classe.
Manuel Moura - Oliveira Racing Team: A prova foi muito engraçada. Gostei imenso do percurso porque era exigente q.b e as especiais estavam impecáveis, não todas ao meu gosto, mas ainda assim agradou-me muito. Correu tudo bem e agora é continuar a treinar e pensar em estar forte nas seguintes. Estive parado quase nove anos e por isso é bom com a minha idade conseguir voltar e estar forte como aqui.
- João Vivas - Beta Portugal/Moto Espinha: Foi uma corrida dura mas de um modo geral diverti-me e gostei da minha prestação. Venci com uma boa margem, mas vou trabalhar para estar mais rápido. A minha equipa tem feito um trabalho fantástico e acho que todos na Beta Portugal/MotoEspinha estamos de parabéns. Foi uma corrida muito bem organizada. Eles estão de parabéns porque têm muito trabalho para colocar de pé uma prova assim.

Mais que Enduro
Solidariedade: Uma das vertentes que a Escuderia Castelo Branco não descura é a sua responsabilidade social. Na corrida albicastrense deram apoio à Associação Sorriso do André, permitindo que esta recolhesse fundos e outros apoios depois canalizados para ajuda a crianças e jovens em risco e menos favorecidos.
Inovação: Em estreia numa prova do Nacional de Enduro, foi utilizado para controle das inscrições, verificações administrativas, verificações técnicas e entradas e saídas em parque fechado, um inovador sistema digital desenvolvido em conjunto com uma empresa local que permitiu uma gestão muito mais eficaz e sem falhas dos mais de 200 inscritos. Bastava tirar uma senha respetiva e esperar pela vez. Funcionou e os pilotos gostaram.
Troféus: Com a prova albicastrense, começou também a contagem para os Troféus Beta, Sherco e Challenge TM. Este último apenas teve um inscrito, Gil Reis, enquanto que no Troféu Beta o vencedor foi Luis Correia, o piloto oficial da marca no Mundial de Enduro. Seguiram-se João Vivas e Diogo Vieira, terceiro classificado apesar de ter sofrido uma penalização de um minuto.

09/03/2016
 

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