Joaquim Martins
Uma CAIXA de surpresas!
Uma CAIXA de surpresas! – A novela da Caixa Geral de Depósitos está cheia de episódios curiosos e de personagens intrigantes. Há mal entendidos entre autores, encenadores, diretor de cena e atores. E há uma plateia dividida em que uns apoiam a ação dos criadores e atores e querem que tenham sucesso, e outros que discordam da ação, do diretor de cena, dos atores e querem o fracasso. Enfim, é uma novela portuguesa. Com muito tempo de antena. Muitos mexericos e muitas tricas. E quanto à ação?
A ação vai decorrendo conforme planeada. A plateia é que fica às vezes, em suspenso à espera do texto e a ouvir outros figurantes.
Quantos aos atores da novela, há-os discretos, cujos rostos se desconhecem e outros, misteriosos, dos quais conhecemos o rosto esfíngico. Ambos têm horror ao escrutínio público. Alguns, por vergonha de exibirem os ordenados escandalosos, que lhes pagam, num país em que um terço da população vive do ordenado mínimo; Outros porque o seu estatuto de classe não pode aceitar que o povo comum saiba que têm milhões e que alguém possa perguntar de onde vieram; Outros ainda, porque acumulam reformas simpáticas e não convém que isso seja divulgado, para não alimentar invejas e comentários desagradáveis.
Nesta fase da estória, tudo gira à volta de um diz que disse. Que vem do período de escolha do casting. Onde terá havido “acordos” tácitos. De cujo entendimento resultaram fraturas, que provocaram a substituição do ator principal.
Há quem peça a morte do diretor de cena. Que terá “mentido”- dizem uns. Que não! – dizem outros.
Mas isso altera o plano da ação?
Parece que não... No fundo, todos querem que a telenovela consiga completar o enredo e tenha sucesso. Porquê? Porque a CAIXA é nossa! Porque a CAIXA, ainda é um banco Português!