A Câmara de Proença-a-Nova promove, dia 26 de março, a primeira ação de voluntariado no âmbito dos projetos Florir Portugal e Fénix – Renascer das Cinzas pela Floresta, que uniram esforços, no sentido de colorir o Concelho de Proença-a-Nova, a começar pelas aldeias afetadas pelo incêndio de setembro de 2016.
Na sessão de apresentação desta iniciativa, que se realizou no Centro Ciência Viva da Floresta, sábado, foi explicado que os voluntários, em conjunto com as populações locais, intervirão em simultâneo nas aldeias de Braçal, Amoreira, Casalinho, Vale D’Urso, Atalaias, Pucariço e Figueira, realizando trabalhos diversos, da remoção de lixo ao embelezamento do território com plantação de flores nos espaços públicos.
De realçar é que qualquer pessoa que tenha interesse em participar como voluntário pode inscrever-se na Câmara de Proença-a-Nova ou pelo endereço eletrónico florirportugalpro en [email protected].
O diretor da Central Models e mentor do Florir Portugal, Tó Romano, recordou que a ideia de ter um território todo florido surgiu há sete anos, realizando-se, desde então, diversas ações para concretizar o que poderá ser visto como uma utopia.
“O que é que aconteceria se Portugal fosse o país mais florido do Mundo?”, questionou na apresentação que fez para os muitos participantes que decidiram conhecer este projeto. Na sua perspetiva, há um conjunto de vantagens diretas e indiretas, desde um “grito de paz” afirmativo num mundo em profunda crise, até um motivo extra para que o País seja mais visitado por turistas estrangeiros.
Tó Romano destacou ainda a capacidade de atração das flores, que “têm um poder que não podemos descurar”, que são chamariz em eventos que atraem milhares de turistas, como sejam a Festa de Campo Maior, a Festa das Flores da Madeira ou a Festa dos Tabuleiros de Tomar. Com as populações a florir o território, poderia gerar-se uma maior onda de afeto, com pessoas unidas num objetivo comum que, em última análise, poderia gerar maior riqueza para as comunidades.
João Lobo, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, considerou que a partir do momento em que todos se apropriam do sonho de ter um Portugal florido, da utopia passa-se à concretização. Nesse sentido, garantiu que o município está totalmente empenhado neste projeto, esperando que um concelho florido possa incentivar outros a seguir o mesmo exemplo. Nesta primeira fase o primeiro objetivo é “tirar o negro das cinzas e colocar as flores” nas aldeias afetadas pelo incêndio, mas a iniciativa será alargada a todas as aldeias e à própria vila.
João Lobo referiu ainda que “todos juntos de facto construímos muito mais e melhor”, apelando a que “um movimento que tem de começar pelo núcleo mais pequeno da construção da sociedade, a aldeia, se possa alargar a toda a comunidade”.
Joana Pereira, da aldeia da Figueira e responsável por trazer este projeto para o Concelho, referiu que a ideia de florir Proença-a-Nova tinha surgido ainda antes do incêndio de setembro de 2016, mas, face ao acon- tecido, decidiu-se promover o projeto Fénix – Renascer das Cinzas pela Floresta, com o objetivo de criar uma oportunidade a partir de um infortúnio.
Isabel Gaspar, técnica da Câmara, explicou que, para além da ação de voluntariado de 26 de março, a autarquia irá simbolicamente oferecer uma floreira com terra e sementes a todas as casas das aldeias que integram esta primeira fase do projeto, podendo as mesmas ser recolhidas no Centro Ciência Viva da Floresta desde ontem, terça-feira, para que em março surjam as primeiras flores no âmbito desta iniciativa.
Adicionalmente, a iniciativa Troque Resíduos por Plantas, que se assinala anualmente a 21 de março, decorrerá durante a semana de 20 a 24 de março. Neste período de tempo, qualquer pessoa que tenha carregadores obsoletos (cinco unidades), pilhas usadas (25 unidades) ou tinteiros usados (10 unidades) pode entregá-los no Viveiro Municipal, com marcação prévia na Câmara, recebendo em troca uma planta.

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