EM CASTELO BRANCO, UM EXEMPLO A SEGUIR
Viúva de antigo militar entrega armas e munições à Polícia
No início deste mês, a viúva de um antigo militar, residente em de Castelo Branco, entregou à Polícia de Segurança Pública (PSP) uma pistola de defesa pessoal calibre 6,35mm, uma espingarda automática Kalashnikov - AK-45 e uma metralhadora Shpagin, bem como um elevado número de munições para estas armas.
Segundo a PSP todas as armas estavam devidamente legalizadas e registadas em nome do marido da senhora, um oficial das Forças Armadas recentemente falecido.
O Comando Distrital da PSP de Castelo Branco realça a atitude correta desta cidadã, já que apesar do valor estimativo deste armamento pertencente ao seu marido, optou pela sua entrega, por considerar que as mesmas eram demasiado perigosas para manter em casa.
Por outro lado, apurou-se que cerca de 1.400 das munições destinadas a uma destas armas eram de tipo tracejante e incendiário. Devido à sua idade, uma vez que foram fabricadas há mais de 40 anos, apesar do seu acondicionamento original, os produtos químicos encontravam-se deteriorados, apresentando um elevado risco de ignição espontânea, situação que, a verificar-se, poderia causar a explosão dos contentores, com consequências extremamente graves.
Perante a entrega destas armas e munições a Polícia afirma ter “conhecimento que muitos cidadãos têm na sua posse não apenas armas, mas igualmente munições e dispositivos explosivos militares, como minas e granadas, que constituem recordações do serviço militar cumprido, quer em território nacional, quer no antigo Ultramar”, para realçar que “muitas dessas armas, se furtadas ou extraviadas, podem constituir um risco muito grave em caso de utilização na prática de crimes, enquanto que as munições e os dispositivos explosivos, devido à degradação dos produtos químicos que os integram, representam igualmente grande perigo para quem os armazene ou manuseie devido à elevada toxicidade daqueles produtos e ao risco de explosão devido ao mais pequeno movimento”.