CARGALEIRO DISTINGUIDO COM MEDALHA DE OURO DA CIDADE
“A minha obra está a ser muito amada em Castelo Banco”
Manuel Cargaleiro afirma que “a minha obra está a ser muito amada em Castelo Branco”, pelo que o mestre acrescenta que “sinto uma grande gratidão e agradecimento a Castelo Branco e, neste momento, ao presidente da Câmara que está a defender o mais possível esta fundação”, referindo-se à Fundação Cargaleiro.
Perante isto espera que “Deus queira que consigamos fazer o projeto que pensámos por muitos anos”.
As afirmações foram proferidas por Manuel Cargaleiro, que no dia das comemorações dos 246 anos da elevação de Castelo Branco a cidade, segunda-feira, no final da Sessão Solene da Assembleia Municipal do Dia da Cidade, foi homenageado com a Medalha de Ouro da Cidade.
Um momento emotivo, com Manuel Cargaleiro a começar por afirmar que “estou muito emocionado para poder falar”, mas sempre foi adiantando que “nasci no Distrito e tenho uma paixão pela Beira Baixa”.
Antes o presidente da Câmara, Luís Correia, salientou que segunda-feira era “um dia para homenagear um amigo” e garantiu que “esta é uma data especial para Castelo Branco e para todos os Albicastrenses e nela podemos homenageá-lo”.
Luís Correia destacou que “é um grande orgulho tê-lo como Albicastrense de adoção”, uma vez que “temos orgulho que seja um de nós e, por isso, saberemos honrar o seu contributo”.
Depois da entrega da Medalha de Ouro, a homenagem continuou na Zona Histórica da cidade, com a atribuição do nome de Manuel Cargaleiro à praça localizada junto ao Museu Cargaleiro.
E foi já aí que o mestre lançou um desafio a Luís Correia, ao afirmar que “gostava que este presidente pusesse estes oito museus todos a trabalhar, com muita vida”, de forma a que “Castelo Branco seja um dos centros mais importantes da arte moderna em Portugal”.
Desafio a que Luís Correia respondeu que “a Câmara está sempre disponível para aceitar desafios do mestre Cargaleiro, que está a dar um grande contributo para o nosso desenvolvimento e contamos com ele para continuar no futuro a dar esse contributo”, acrescentando ainda que “queremos continuar este trabalho de interligação entre os museus e, para isso, precisamos que o mestre nos ajude”.
Depois do descerramento da placa da praça, o programa continuou com a inauguração, no Museu Cargaleiro, da exposição Cargaleiro e os Amigos que, como adiantou Manuel Cargaleiro, “é uma exposição muito importante. É a primeira vez que se mostra uma parte pequena do acervo da Fundação,”, sendo uma mostra que apresenta em 50 e poucas obras “uma parte da pintura nacional que consegui reunir em 60 anos”.
Recorde-se que Manuel Cargaleiro nasceu em Chão das Servas, no Concelho de Vila Velha de Ródão, a 16 de março de 1927, e em 2010 sedeou em Castelo Branco a Fundação Cargaleiro, criada pelo mestre com a finalidade de gerir as suas obras.
Também de destacar é que Manuel Cargaleiro, quinta-feira, no dia em que comemorou 90 anos, foi distinguido no Palácio de Belém, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.