PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO
Está na hora da vacina da gripe
Os velhos ditados populares têm uma dose de sabedoria feita com a experiência dos anos. Estão nesse caso os aforismos que defendem que Prevenir é o melhor remédio ou Mais vale prevenir que remediar.
Por sinal dois adágios que se aplicam a uma doença que começa agora a surgir: a gripe.
Com a entrada do outono, esta é a melhor altura para a vacinação contra a gripe. Vacinação que, aliás, como o delegado de saúde de Castelo Branco, Joaquim Serrasqueiro afirma à Gazeta já começou e deve abranger pessoas que integram, por exemplo os grupos de risco. Isto, embora, realce que “quase todas as pessoas deviam fazer a vacinação, porque é eficaz, segura e não é muito cara”, nos casos em que não é gratuita.
É que, por exemplo, para os grupos de risco, que “estão perfeitamente identificados, a vacinação é gratuita”, sublinhando que, este ano, os diabéticos estão abrangidos.
Isto faz com que, segundo adianta, “este ano a vacinação gratuita seja mais ampla, abrangendo mais pessoas” e de onde também resulta que “este ano se prevê vacinar mais pessoas que no ano passado”.
Mas este aumento de pessoas vacinadas também se regista, porque, garante, “as pessoas se convenceram que a vacina é importante”.
Joaquim Serrasqueiro revela mesmo que fora dos grupos de risco, no que respeita aos grupos profissionais, que pelas funções que desempenham também se deveriam vacinar contra a gripe, “por vezes eram um problema, mas essa dificuldades está a ser ultrapassada e estão a aderir muito mais”.
Numa perspetiva abrangente o delegado de saúde destaca que, em termos gerais, “a melhor maneira de prevenir a doença é evitá-la” e sublinha que “se temo um meio à nossa disposição, como é a vacina, devemos usá-la”.
Quanto a alguns mitos, como aquele que narra que pessoas que se vacinaram contra a gripe logo de seguida ficaram doentes, Joaquim Serrasqueiro é perentório que “a pessoa já estaria doente”.
Ou, então, existe outra possibilidade. Matéria em que explica que “a vacina da gripe integra três estirpes”, que variam todos os anos de acordo com estudos efetuados e o que pode acontecer é que “num determinado ano pode não ser uma dessas três estirpes a que está a prevalecer”.
Uma terceira hipótese passa “por situações pontuais em que a pessoa não cria a imunidade que estamos à espera”.
De qualquer modo reforça a importância da vacinação, bem como que “a vacinação contra a gripe deve ser feita nesta altura, mas pode ser em qualquer altura, embora, por norma, seja no outono e no inverno”.
Para se proceder à vacinação as pessoas “devem dirigir-se ao centro de saúde, ou outro local previamente indicado pela Unidade Local de Saúde (ULS), e aí são encaminhadas”, frisando que “este ano a administração comprou mais vacinas que no ano passado”.
Joaquim Serrasqueiro frisa igualmente que “quem não tem direito à vacina gratuitamente, deve ir ao médico de família e pedir receita”, porque, explica, junto do médico de família “há sempre uma avaliação médica”.
Com a vacinação contra a gripe a decorrer ainda há pouco tempo, o delegado de saúde revela que, “este ano, a procura já está a ser significativa. Mais do que nos outros anos” e deixa uma mensagem de tranquilização ao afirmar que “há vacinas para todos, por isso não é preciso ir fazer filas para os centros de saúde”
A importância
da vacinação
Com o tema da vacinação como pano de fundo, Joaquim Serrasqueiro reforça que esta é importante. Algo que “se aplica não só à vacina da gripe, mas a todas as vacinas do Plano Nacional de Vacinação (PNV)”, porque “conseguimos, praticamente, erradicar algumas doenças devido às vacinas”.
Uma área em que se levanta uma questão que tem estado na ordem do dia, uma vez que há pessoas que se opõem às vacinas e inclusive não vacinam os filhos. Posição que já levou a que se tenha abordado a possibilidade de criminalizar quem não respeita a vacinação.
Uma situação perante a qual Joaquim Serrasqueiro afirma que “após tudo o que disse, a minha resposta é óbvia” e avança que “todos os utentes têm direitos e deveres. Se não cumprimos aquilo que nos é exigido, nem exigimos o que devemos exigir, devemos ser responsabilizados”.
António Tavares