A Gala da Freguesia de Castelo Branco encheu, sexta-feira, o Cine-Teatro Avenida. Foi uma festa da comunidade Albicastrense que esteve em peso, representada por todos os responsáveis das associações, clubes, coletividades, forças de segurança e organismos vivos da cidade. Esteve também uma delegação de jovens da terceira idade, da freguesia irmã de Castelo Branco dos Açores, presidida pelo respetivo presidente da Junta de Freguesia.
A sessão, embora sem interrupções, teve duas partes distintas. Na primeira, uma sessão solene, em que foram homenageadas as instituições que a Junta de Freguesia entendeu distinguir e na sgunda um espetáculo musical.
Foram agraciadas com o galardão máximo da autarquia, a Medalha de Mérito da Freguesia, Grau Ouro, o Orfeão de Castelo Branco e a Orquestra Típica Albicastrense.
O presidente Jorge Neves explicou as razões da homenagem: manifestar a gratidão da autarquia e da cidade aos “nossos maiores embaixadores culturais: o Orfeão de Castelo Branco e a Orquestra Típica Albicastrense que curiosamente estão a comemorar seis décadas de existência ininterrupta. Quisemos, no fundo, reconhecer o inestimável contributo que estas duas entidades têm dado pela divulgação da música na cidade e fora dela”.
Os presidentes das duas instituições, Daniel Martins e Carlos Salvado, respetivamente,  agradeceram a distinção e  aproveitaram para destacar o percurso das duas instituições e para agradecer os apoios da Câmara e da Junta de Freguesia, que garantem a sustentabilidade destas organizações. Depois, no palco, Orfeão e Orquestra, cada uma brindou o público Albicastrense com três temas dos seus reportórios, terminando a atuação com a interpretação em conjunto de três temas que entusiasmaram vivamente os presentes: Melodias da Beira; Carmina Burana; e, em estreia absoluta, o Hino da Freguesia.
O Hino foi uma das surpresas da Gala, tendo o seu compositor o maestro Vítor Ávila sido agraciado com a Medalha de Mérito da Freguesia, grau bronze. O autor da letra foi José Dias dos Santos Pires, atual presidente da Assembleia de Freguesia. Registe-se, desde já o refrão: “O nosso coração diz/Com verdade e alegria/Que o lugar de ser feliz/É cá nesta Freguesia”.
Na sessão usaram da palavra os presidentes da Junta e da Câmara, Jorge Neves e Luís Correia, respetivamente, Jorge Neves que se despede da autarquia, por imperativo legal, como começou por referir, pois está a completar o terceiro mandato que a Lei permite,  aproveitou para fazer um breve balanço da “aventura”, destacando as primeiras medidas como o “novo logotipo; a simplificação de processos administrativos; a transparência política e funcional; a aposta forte na cultura e no desporto; as parcerias claras com instituições sociais, culturais, associativas e educativas da cidade; e algumas marcas culturais que vão ficar, como sejam as exposições, nomeadamente a de Pais Natal e de Legos; desfiles de moda; lançamento de obras literárias; edição do livro Castelo Branco Akwarela &Poesia, que é um hino de louvor à nossa cidade”.
Lembrou também a modernização da sede da Junta e da Casa do Arco do Bispo/Galeria Clemente Mouro e destacou duas outras realizações que, certamente perdurarão e darão novos  frutos. A geminação com a Freguesia de Castelo Branco, no Faial, e o Orçamento Participativo “um instrumento e um símbolo da importância da participação dos cidadãos na construção da sociedade democrática atual, apelando à participação cívica da população, promovendo um elevado sentido de cidadania, através do aprofundamento do diálogo e concertação de propostas para a definição de prioridades da gestão e ação autárquica”.
Jorge Neves enfatizou ainda os “princípios orientadores estratégicos” da ação autárquica, nomeadamente a “proximidade” e a “continuidade e coerência” que exigiu a presença semanal da Junta, nas aldeias dos Lentiscais e Taberna Seca e a constante preocupação com as pessoas, afirmando que “podemos afirmar, de uma forma convicta que os problemas foram sendo resolvidos com seriedade, os desafios ultrapassados com inovação e as atividades organizadas com criatividade”.  Reconhece que nem sempre tudo terá corrido bem, mas tem consciência  de que “tentámos todos os dias que o nosso comportamento dignificasse os que nos antecederam, que o resultado das nossas ações honrassem o seu exemplo e, finalmente, tudo fizemos para promover, prestigiar e satisfazer quem nos elegeu. “Por isso, resta-nos sair de cabeça erguida com a satisfação do dever cumprido e com a grata satisfação de que a afirmação da Junta de Freguesia de Castelo Branco, na nossa comunidade, é hoje um facto incontestável, que muito valo
Nos múltiplos agradecimentos, Jorge Neves não se esqueceu de agradecer, nem à família, nem a Deus por “lhe ter dado sempre uma saída para cada problema”.
Luís Correia congratulou-se com a realização da Gala, destacou a boa cooperação com a Junta e disse esperar que Jorge Neves continue a poder servir a causa pública.
A segunda parte da sessão foi uma agradável surpresa. O coletivo de Cantar Amália, Duarte, Anabela e Ana Amendoeira, três vozes distintas que já levaram este espetáculo a vários países e salas esteve à altura das espectativas e conseguiu de imediato agarrar o público e interagir com ele. Amália esteve ali e o repertório escolhido foi feliz. Saliente-se ainda o facto de terem convidado duas fadistas da cidade, Valéria Carvalho e a Ana Paula, para interpretaram um fado e as terem associado, no palco ao encore final que encerrou a Gala.

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