ANA MARIA LEITÃO APRESENTA BANDEIRAS DA CDU
“É nestas pequenas coisas que fazemos a diferença”
A candidata da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas de domingo, Ana Maria Leitão, tem como objetivo alcançar “o melhor resultado possível”, não descurando a importância de conseguir eleger um vereador.
Esta posição foi assumida à margem de uma ação de rua, com a candidata a falar nas bandeiras da candidatura, como a economia, área em que defende que “é necessário atrair investimento e emprego de qualidade. Não precisamos de grandes empresas. Podem-se apoiar pequenas e médias empresas e é preciso apostar em nichos de mercado, como a agricultura biológica”. Afirma que é necessário “difundir a produção agrícola e familiar, em particular a vertente biológica, e o seu escoamento, como fatores de desenvolvimento e criação de empregos sustentáveis”, apontando também para “a promoção do recurso à produção local, incluindo nas cantinas e refeitórios públicos, que devem ser da responsabilidade municipal, como as escolares”.
E na área da economia acrescenta que “é preciso acabar com as portagens na A23”.
Sem esquecer a “fixação e promoção do comércio local”, a candidata fala na Praça (Mercado Municipal), para se referir “aos preços incompatíveis que os comerciantes pagam” e afirmar que “a Praça está um pouco desabitada”, pelo que defende “uma reabilitação que dê identidade àquele espaço”, na qual podiam participar “a ESART e as escolas secundárias, com projetos para torná-lo num espaço de arte”.
Ana Maria Leitão aborda também a importância da “reabilitação da Zona Histórica, em que há pessoas que têm casas, mas não têm dinheiro para as reabilitar, pelo que poderiam se compradas pela Câmara e depois arrendadas ou vendidas a preços controlados”. Realça que “na zona do Castelo a entreajuda é uma cultura”, mas avança que em relação aos idosos “a Câmara tem que ter técnicos, psicólogos, assistentes sociais que saibam abordar as questões, pois é preciso saber conversar com as pessoas”.
Ainda com os idosos no centro das atenções aborda o tema da mobilidade, relembrando a necessidade de transportes que “sirvam a Zona Histórica de acordo com a população idosa que lá vive”. Isto, para se referir também ao “incentivo à utilização generalizada dos transportes públicos, como forma de melhoria de mobilidade e de combate aos despovoamento das freguesias periféricas e rurais”. Defende, igualmente, que “se deve promover a mobilidade ativa e sustentável, através da criação e expansão de corredores pedonais e cicláveis, não apenas como espaços de lazer, mas para utilização diária”, assim como a implementação de “um transporte público sustentável, sem combustíveis fósseis, confortável, de pequena dimensão, que possam circular na Zona Histórica e apoiar os idosos”.
Já sobre o emprego e investimento, Ana Maria Leitão adianta “estamos a pensar em pequena escala, até nas freguesias, por exemplo, com o ecoturismo na Gardunha e nas freguesias mais rurais com apoio à construção para jovens”, como uma forma de “inverter a desertificação das aldeias”.
Ana Maria Leitão aproveita ainda para falar na Zona de Lazer de Castelo Branco, a qual considera que “podia estar muito mais aproveitada”, realçando que “não tem perto nenhum café, nem uns sanitários”, para avançar que “se fazem as infraestruturas mas, depois, não se dinamizam as coisas, com a finalidade de criar públicos”.
É também nesta perspetiva que argumenta que se deve pretender “não sermos meros consumidores de cultura. Devemos ser atores da cultura”, aproveitando para realçar que “nas escolas se fazem coisas muito interessantes”
E ainda com os olhos na cultura afirma que “se devem dar condições para se ter estruturas fixas, de modo a que não se esteja sempre dependente”, sendo que “há que por as pessoas a fazer, porque é assim que também se criam os públicos”.
A candidata da CDU, no que se refere aos serviços públicos, é da opinião que se deve “defender a gestão pública da água. Um recurso essencial à vida e não uma mera mercadoria”, bem como se deve “defender a gestão pública da recolha e tratamento das águas residuais, serviços fundamentais que devem estar ao alcance de todos e não sujeito às vontades da iniciativa privada ou da lógica de mercado”. Aspetos a que junta ainda a importância de “combater a precariedade dos trabalhadores municipais, garantindo postos de trabalho efetivos nos mapas de pessoal, valorizando mos seus direitos e condições de trabalho”
A candidata da CDU assegura que “é nestas pequenas coisas que fazemos a diferença, preocupando-nos com as pessoas e aproveitando o melhor delas”.
António Tavares