29 de novembro de 2017

António Tavares
Editorial

Portugal está a assistir a um processo de descentralização. Um facto louvável e há muitos anos reclamado. Mas é caso para realçar que não se podem lançar foguetes, uma vez que aquilo que está a caminho é apenas, passe a expressão, uma descentralização centralizada.
Depois do Porto não ter ganho a corrida para a instalação da Agência Europeia do Medicamento, que vai para Amesterdão, na Holanda, a capital nortenha tem a felicidade de levar de Lisboa a sede do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).
Qualquer coisa como um prémio de consolação.
A transferência do Infarmed para o Porto foi anunciada pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Adalberto Campos Fernandes apresentou a necessidade da descentralização como justificação desta decisão, ao afirmar que “Portugal é um todo, é um território inteiro, e se nós defendemos a descentralização e a multiplicidade dos polos temos que ser coerentes e estar em linha com aquilo que defendemos”.
A questão que se levanta é que a descentralização se verifica entre as duas maiores cidades, polos, do País.
Ou seja, é mais do mesmo, os grandes continuam grandes e os pequenos continuam a ser esquecidos, ignorados.
Uma descentralização para cidades mais pequenas, do Interior do País, lote em que Castelo Branco se inclui, seria sim uma descentralização no verdadeiro sentido da palavra. Mas essa descentralização é e continuará a ser uma miragem, porque fora dos grandes polos não há votos em número significativo.

29/11/2017
 

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