3 de maio de 2017

SESSÃO NO CENTRO CULTURAL
Em Alcains Abril cumpriu-se

As comemorações do 25 de Abril tiveram este ano lugar em Alcains. A vila recebeu no Centro Cultural a sessão solene comemorativa da Assembleia Municipal. O auditório estava cheio de Alcainenses e não só que quiseram estar presentes nesta data tão especial.

Valter Lemos, presidente da Assembleia Municipal, abriu a sessão, recordando alguns números que marcam a diferença do antes e depois do 25 de Abril de 74.
“A democracia Portuguesa, está consolidada”, considera Valter Lemos, que pensa também que os Portugueses têm mostrado uma maturidade política, “que dá lições a países com longas tradições democráticas”.
“Para isso muito tem contribuído o poder local” que, segundo Valter Lemos, tem tido um papel de enorme importância, não só para o desenvolvimento económico e social das comunidades, “mas também para o amadurecimento da democracia e da intervenção política dos cidadãos”.
Cristina Granada anfitriã da cerimónia lembrou a obra feita na sua vila.
“Alcains pode mostrar obras, muitas obras. Ainda não se fez tudo, sejamos justos, entre ruas e caminhos, e praças e áreas desportivas e cuidados gerais e requalificação e melhorias o trabalho continuado é notável” disse num discurso poético a autarca.
“Um Concelho equilibrado e coeso” é o objetivo da administração de Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco.
“Estamos a reforçar Castelo Branco, como sede de Concelho... mas queremos igualmente e com idêntico empenho freguesias onde as pessoas possam continuar a viver com dignidade e qualidade de vida”, afirmou Luís Correia, na sua intervenção.
Cumprir os ideais de Abril passa por “promover o desenvolver à escala regional e local, como estamos a fazer no Concelho. O desafio que temos é fazer com que as comunidades locais se apropriem dos equipamentos que a Câmara Municipal concretiza, que só poderão ser úteis e aproveitados com as dinâmicas locais que a comunidade seja capaz de lhes dar”, reforça o autarca.
Na sua intervenção, Luís Correia prestou homenagem a Mário Soares, “herói romântico, debruçado no comboio para cumprimentar o povo em Vilar Formoso, ou aclamado em Santa Apolónia, quando ao chegar a Lisboa já não era transportado, antes transportava o comboio da liberdade”.

Oposição deixa críticas
à estratégia da autarquia
Em representação das forças políticas com assento na Assembleia Municipal, Luís Barroso, do Bloco de Esquerda, foi o primeiro a usar da palavra. O deputado criticou o que considerou de “aproveitamento político de uma data como é a do 25 de Abril, para se instrumentalizar em pura campanha eleitoral, através de uma fúria inauguracionista”. O deputado bloquista aproveitou o facto da sessão solene se realizar em Alcains para incluir no seu discurso, a fábrica de bagaço da Valamb, ao afirmar que “as questões ambientais para a Câmara de Castelo Branco são tratadas com distanciamento e forma ligeira”.
Também Alice Almeida, do Partido Social Democrata (PSD), abordou a questão ambiental e deixou um repto ao autarca Albicastrense, “para afirmar de forma inequívoca e clara que não se irá instalar nesta localidade (Alcains) a fábrica de tratamento de bagaço”, acrescentando que “queremos muito, emprego. Mas não poderá ser a qualquer custo”.
A deputada, do PSD, apelou ainda à participação de todos na discussão de temas que dizem respeito ao bem comum, uma vez que “é fundamental para a qualidade da nossa Democracia que todos os cidadãos, participem ativamente”.
No mais longo discurso da sessão, 25 minutos, José Pedro Sousa, do CDS-PP, criticou a estratégia seguida pela autarquia, a realçar que “o Partido Socialista de Castelo Branco, fragilizou o tecido económico da Região, o que foi, a nosso ver, a razão do desemprego de pequenos e mé-dios empresários, comerciantes e produtores locais e da extinção de postos de trabalho”.
José Pedro Sousa, utilizou estudos de 2007 para apontar o dedo ao PS, que “licenciou as grande superfícies no Concelho, que geram desemprego e não emprego”.
João Pedro Delgado, da Coligação Democrática Unitária (CDU), deixou as criticas para a sessão do dia 28, “com direito de resposta”, para na sessão comemorativa do 25 de Abril defender que a democracia de Abril, se constrói todos os dias, e “não de quatro em quatro anos, quando há atos eleitorais”.
A Democracia, para o deputado da CDU vive-se “em dias difíceis, como aqueles em que os ativistas lutaram contra o fecho da maternidade de Castelo Branco, ou aqueles em que se luta contra a introdução de portagens na A23”, exemplificou, apelando à participação cívica de todos.

04/05/2017
 

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