A organização do Boom Festival adquiriu a Herdade da Granja, em Idanha-a-Nova, sendo este o espaço que acolhe o evento desde 2009.
A operação, segundo é avançado em comunicado, envolveu “mais de um milhão de euros e vem consolidar a relação do festival com este espaço e com a região, que hoje são sinónimo” e acrescenta que “o Boom Festival é um evento bastante aca-rinhado pela comunidade local e assumiu a missão de projetar Idanha-a-Nova como um des-tino reconhecido a nível mundial”.
É também realçado que “a aquisição permitirá desenvolver atividades ligadas à cultura, natureza e educação, bem como reforçar a atratividade da região, para além do período em que decorre o festival bienal”.
A organização de “um dos sete mais espetaculares festivais do Mundo”, de acordo com a revista Rolling Stone, junta assim 150 hectares aos 30 que adquiriu há dois anos, “dando um novo passo no desenvolvimento de novos projetos. A curto prazo, o objetivo será promover atividades nos meses de primavera e verão, com eventos ligados ao bem-estar e ambiente e abrir a propriedade a escolas e outras entidades externas”.
Artur Mendes, da organização do Boom Festival, recorda que “desde 2009 que decidimos que o Boom Festival deveria ter um espaço físico na região de Idanha-a-Nova, onde os nossos princípios se pudessem expressar através de atividades e eventos conscientes. A Boomland pretende ser um pólo dinamizador da região de Castelo Branco e um espaço de aprendizagem”.
Entre os vários projetos estão previstos programas culturais, de bem-estar e educativos co-mo oficinas, retiros, caminhadas e, a longo prazo, o desenvolvimento de um Parque de Artes e Natureza público. A meta “é tornar a Boomland um marco mundial de práticas de gestão ambiental conscientes, quer nos eventos que acolhe, quer no quotidiano”.
No comunicado é igualmente relembrado que “em 2009, ano em que o Boom Festival se instalou na Herdade da Granja, a organização transferiu também a sua sede para o Concelho de Idanha-a-Nova, criando, des- de então, a associação IdanhaCulta, que se dedica ao desenvolvimento social, cultural, recreativo e ambiental. Atualmente está a ser fechado um protocolo com a Câmara de Idanha-a-Nova, com o objetivo de apoiar a criação deste pólo cultural”. Perante tudo isto, Artur Mendes sublinha que “estamos muito orgulhosos pela forma como o Boom foi acolhido pela comunidade. Hoje Idanha-a-Nova integra a Rede de Cidades Cria-tivas da UNESCO e queremos continuar a contribuir para que esta região seja cada vez mais visitada e que tenha uma oferta cultural de consciência susten-tável que apoie o desenvolvimento da região e orgulhe a sua população”.

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